Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

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Informações: Dia: 13/02/2007 Hora: 15:57:08
Nome: Victor Romania
e-mail: victorromania@yahoo.com.br
Telefone:
Comentários: Caros irmãos do Filhos da Paixão, Salve Maria! Gostaria que vocês explicassem sobre a \'Ladainha de Nossa Senhora\', onde se cita vários titulos de Nossa Santa Mãe. Não que eu duvide de Nossa Mãe do Céu, mas porque quero aprender um pouco mais sobre ela. Como, onde e quando surgiu está oração? Qual o significado dos titulos de Nossa Senhora? Poderia explicar sobre cada um dos titulos? O que dizem os Santos e a Igreja desta Oração tão bela? Desde já muito obrigado! Despeço-me pedindo a benção do Revmo. Padre Divino Antônio Lopes. \"Quem não busca a Cruz de Cristo, não busca a glória de Cristo.\" Do B. Fr João da Cruz. Fiquem com Deus.

 

 

Anápolis, 26 de fevereiro de 2007

 

Ao senhor Victor Romania

 

Caríssimo Victor, confie em Jesus Cristo e Ele te ajudará: "Senhor Jesus, ponde-me as mãos sobre os olhos, a fim de que eu comece a ver não as coisas visíveis, mas as invisíveis. Abri-me os olhos, para que se fixem não no presente, mas no futuro. Tornai-me límpido o olhar do coração que contempla Deus em espírito" (Origenes, Das Orações dos primeiros cristãos, p. 55).

Deus lhe pague pelo seu e-mail.

Sobre a matéria pedida, leia abaixo.

 

A Ladainha de Nossa Senhora ou Ladainha Loretana

 

Ladainha, do grego litaneuein e do latim litania, significa 'pedir insistentemente'. Trata-se de um tipo de rogação responsorial, usada tanto em funções litúrgicas quanto em devoções particulares. Originada na procissão de rogações e de penitência praticada em Roma desde o século VI, já incluía as invocações iniciais Kyrie eleison, Christe eleison, Christe audi nos, Christe exaudi nos, usadas até hoje. Novas invocações foram acrescentadas entre os séculos VII e IX, como as dos Santos, sempre respondidas pelo povo com ora pro nobis (rogai por nós).

Após a enorme difusão das Ladainhas e a multiplicação de invocações, nem sempre corretas ou interessantes do ponto de vista dogmático, Bento XIV (1740-1758) proibiu a maioria delas, com exceção da Ladainha de Todos os Santos (cantada no Sábado Santo) e da Ladainha de Nossa Senhora, também denominada Ladainha Loretana ou Lauretana.

A popularidade da Ladainha Loretana remonta ao século XVI e ao Santuário da Anunciação em Loreto (próximo a Ancona, Itália), para onde, segundo uma tradição piedosa, os anjos teriam milagrosamente transportado a casa em que residiu Maria Santíssima. Em 1587, essa Ladainha foi oficializada por Bula de Sixto V, resistindo à proposição de que fosse substituída por um conjunto de invocações estritamente bíblicas (Litaniæ deiparæ Virginis Mariæ).

Em relação ao texto, aprovado por Clemente VIII (1592-1605) em 1601, a Ladainha de Nossa Senhora é uma compilação de Ladainhas preexistentes e possui quatro seções distintas quanto ao caráter das invocações: a primeira é iniciada pelo Kyrie litânico, na forma simples (ou seja, sem repetições), terminado por Christe audi nos, Christe exaudi nos (Cristo, ouvi-nos, Cristo, atendei-nos); a segunda seção é integrada por quatro invocações ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo e à Santíssima Trindade, sempre respondidas com miserere nobis (tende piedade de nós); a terceira e a maior de todas, constituída de invocações à Virgem Maria, respondidas com ora pro nobis; a quarta e última é um triplo Agnus Dei, semelhante ao que se canta no final da Missa, mas cujos versos são encerrados, respectivamente, por parce nobis Domine, exaudi nos Domine e miserere nobis (perdoai-nos, Senhor; ouvi-nos, Senhor; tende piedade de nós).

A seção que mais sofreu alterações foi, sem dúvida, a terceira, que possuía quarenta e quatro invocações no século XVIII, chegando hoje a cinqüenta e uma. Tais invocações são divididas em cinco grupos. O primeiro, segundo, terceiro e quinto iniciam-se, respectivamente, pelas palavras Sancta, Mater, Virgo e Regina, enquanto o quarto e o mais prolixo deles é constituído de invocações irregulares, baseadas em títulos honoríficos extraídos da simbologia bíblica, como Torre de Davi, Torre de marfim, Casa de ouro, Arca da aliança, etc.

Algumas ordens religiosas, como a dos Carmelitas, têm o privilégio de saudar Nossa Senhora com invocações específicas à sua ordem, como Mãe e formosura do Carmelo, Virgem Flor do Carmelo, Padroeira dos Carmelitas e Esperança de todos os Carmelitas. Sob vários pontificados, entretanto, foram sendo acrescidas novas invocações, motivadas por dogmas definidos pela Igreja, por situações particulares pelas quais passava o mundo e mesmo por devoção especial dos papas. Assim, Leão XIII (1878-1903) acrescentou Rainha concebida sem pecado original, em virtude do dogma da Imaculada Conceição (promulgado em 1854 por seu antecessor, Pio IX), e Rainha do sacratíssimo Rosário, por ter sido Leão XIII um dos papas que mais propagou a devoção e recitação do Rosário de Nossa Senhora. Pio X (1903-1914) acrescentou a invocação Mãe do bom conselho e Bento XV (1914-1922) a invocação Rainha da Paz, em virtude da I Guerra Mundial. Pio XII (1939-1958), em 1950, após a proclamação solene do dogma da Assunção de Nossa Senhora, acrescentou o título Rainha assunta ao céu. Após o Concílio Vaticano II, Paulo VI (1965-1978) acrescentou a invocação Mãe da Igreja, enquanto João Paulo II (1978) a invocação Rainha da família.

Com a grande popularidade da Ladainha Loretana, a Igreja elaborou e difundiu várias outras Ladainhas santorais. Uma variação da Ladainha de Nossa Senhora é a Ladainha de Nossa Senhora das Dores, na qual se evidenciam títulos e invocações sobre as Sete Dores de Maria Santíssima e sua participação na Paixão e Morte de Jesus Cristo. Além disso, a partir da segunda metade do século XIX, outras Ladainhas foram introduzidas nas celebrações religiosas, como a Ladainha do Nome de Jesus, aprovada por Pio IX em 1862, a Ladainha do Coração de Jesus, aprovada por Leão XIII em 1899 e a Ladainha de São José, aprovada por Pio X em 1909. Não resta dúvida, entretanto, de que a mais popular de todas, especialmente entre aquelas que receberam música polifônica, continuou a ser a Ladainha Loretana.

No Brasil, a devoção mariana foi amplamente difundida sob os mais diversos títulos de Nossa Senhora, sendo suas festas precedidas de Tríduo, Setenário ou Novena, nos quais se incluía sempre a recitação ou o canto da Ladainha de Nossa Senhora. Além disso, cantavam-se as Ladainhas juntamente com uma Antífona aos sábados de madrugada, ou associadas às rasouras, nas manhãs de domingo. Assim, muitos compositores foram motivados a musicar a Ladainha de Nossa Senhora, razão pela qual há um impressionante número de obras compostas para esse texto no Brasil, desde a segunda metade do século XVIII até a atualidade.

As Ladainhas podiam ser alternadas com o cantochão, como era comum no Rio de Janeiro, ou diretas (também denominadas corridas ou seguidas), como foi usual em Minas Gerais (em outras regiões brasileiras utilizavam-se as duas formas). Normalmente, os compositores dividiam suas Ladainhas em várias seções, não necessariamente correspondentes às seções do texto, diferenciando-as pela utilização de andamentos e texturas musicais contrastantes, tanto nas Ladainhas alternadas quanto nas diretas.

Nas composições brasileiras, as invocações da primeira e segunda seções do texto geralmente apresentam andamento moderado. Chegando-se à terceira seção, a primeira invocação mariana (Sancta Maria) comumente utiliza um andamento lento, às vezes com um solo, mas a partir da segunda invocação (Sancta Dei Genitrix), os andamentos tornam-se mais vivos. O Agnus Dei (quarta seção) geralmente retoma um andamento moderado, muitas vezes com cada um dos versos destinado a solos vocais. Outra interessante convenção ligada às Ladainhas de Nossa Senhora foi uma espécie de compactação do texto da terceira seção, para evitar a excessiva repetição das frases ora pro nobis. Com essa finalidade, foram utilizadas duas soluções, muito comuns em Minas Gerais: 1) o emprego da resposta ora pro nobis somente após um grupo de invocações (em geral três ou seis); 2) o canto simultâneo da invocação mariana e da resposta ora pro nobis.

Para este volume, foram selecionadas cinco Ladainhas de Nossa Senhora compostas nos séculos XVIII e XIX, todas diretas, editadas a partir de manuscritos pertencentes ao Museu da Música de Mariana, quatro delas por autores mineiros e uma última por autor ainda não identificado.

 

LADAINHA DE NOSSA SENHORA

 

1. Santa Maria: “Os Padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus ‘a toda santa’ (‘Pan-hagia’; pronuncie-se ‘pan-hanguía’), celebram-na como ‘imune de toda mancha de pecado, tendo sido plasmada pelo Espírito Santo, e formada como uma nova criatura’. Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida” (Catecismo da Igreja Católica, 493).

 

2. Santa Mãe de Deus: “Denominada nos Evangelhos ‘a Mãe de Jesus’ (Jo 2, 1; 19, 25), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho, como ‘a Mãe de meu Senhor’ (Lc 1, 43). Com efeito, Aquele que ala concebeu do Espírito santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus (Theotókos)” (Catecismo da Igreja Católica, 495).

 

3. Santa Virgem das Virgens: “Por essa invocação compreendemos melhor a que profundidade e de que maneira a Mãe de Deus é santa. Ela é santa estando toda reservada, toda consagrada a seu Filho para a obra da Encarnação redentora. A reserva de Maria para o Cristo e a maternidade divina é de tal natureza que não somente em sua alma, mas também em seu corpo, ela só poderia pertencer a Deus. Na verdade, qualquer homem bem nascido e que não tenha sentimentos baixos ou indignos, a respeito de Deus Santíssimo, não poderia imaginar senão que a Mãe de Deus lhe fosse exclusivamente reservada e consagrada. Virgem antes do parto, Virgem durante o parto, Virgem depois do parto: estas três afirmações do dogma cristão são de soberana conveniência. Para imaginar que não fosse assim era preciso ter de Deus e dos atributos divinos um sentimento bastante vulgar; no fundo seria preciso não ter o senso de Deus, não saber que os procedimentos divinos são todos de honra, de dignidade, de respeito por sua criatura. A dignidade da mãe de Deus exige que ela seja sempre virgem, e não só sempre virgem mas nunca tocada pela sombra do mal a começar pelo mal hereditário do pecado original (Pe. R. Th. Calmel. O. P.).

 

4. Mãe de Jesus Cristo: “O anjo anunciou aos pastores o nascimento de Jesus como o do Messias prometido a Israel: ‘Hoje, na cidade de Davi, nasceu-vos um Salvador que é o Cristo Senhor’ (Lc 2, 11). Desde o início Ele é ‘aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo’ (Jo 10, 36), concebido como ‘Santo’ no seio virginal de Maria. José foi chamado por Deus ‘ a receber Maria, sua mulher’, grávida ‘daquele que foi gerado nela pelo Espírito santo’ (Mt 1, 21), para que Jesus, ‘que se chama Cristo’, nascesse da esposa de José na descendência messiânica de Davi (Mt 1, 16)(Catecismo da Igreja Católica, 437).

 

5. Mãe da Divina Graça: “Como uma mulher – Eva – havia cooperado para a perda da graça, assim, por harmoniosa disposição da Divina Providência, outra mulher – Maria – devia cooperar para a restituição da graça. Certamente a vida da graça nos vem de Jesus que é sua ‘única fonte’ e é o ‘Único Salvador’; mas enquanto Maria é aquela que o deu ao mundo e está intimamente associada a toda a vida e obra de Jesus, pode-se bem dizer que a graça vem também por Maria” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 123, 1).

 

6. Mãe Puríssima, 7. Mãe Castíssima, 8. Mãe Imaculada, 9. Mãe Intacta: “Eis Maria que aparece no horizonte, Mãe do Salvador, Imaculada, toda pura, que nem por um instante será escrava do demônio, mas sempre a criatura privilegiada, toda de Deus, a Filha predileta que o Altíssimo pôde olhar sempre com suma complacência” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 120, 1).

 

10. Mãe Amável: “Minha doce Rainha, quanto me agrada o belo título de Mãe amável, com que vos invocam os vossos piedosos servos! Sim, como sois amável, ó Senhora minha! ‘A vossa beleza arrebatou o próprio senhor’ (Sl 44, 12). São Boaventura diz que o vosso nome é por si só tão amável aos que vos amam, que, pronunciando-o ou ouvindo pronunciá-lo, logo se sentem inflamar e crescer no desejo de vos amar. É justo, portanto, minha Mãe querida, que eu vos ame; mas não me contento só com o amar-vos; desejo, agora na terra e depois no céu, ser o que vos ame mais depois de Deus.

Se este meu desejo é muito ousado, a causa única disto é a vossa amabilidade e o  amor especial que me tendes testemunhado. Se fôsseis menos amável, menor seria o meu desejo de amar-vos. Aceitai, pois, Senhora, este meu desejo; e como prova de que o haveis aceitado, obtende-me de Deus este amor que vos peço, e que tão agradável é ao Senhor” (Santo Afonso Maria de Ligório, Visitas a Jesus sacramentado e a Nossa Senhora, 17).

 

11. Mãe Admirável: “O título de que mais se gloria e de que mais se deve gloriar a Virgem Maria, Senhora nossa, é o que lhe dá a Igreja, de Mãe admirável: Mater admirabilis. Assim o revelou já a mesma Senhora. E, se examinarmos profundamente os fundamentos deste gloriosíssimo título, que maior admiração, uma vez, que ser uma mulher Mãe e Virgem? Que maior admiração, outra vez, que ser Filho desta mulher o mesmo Filho de Deus? E que maior admiração, outra e mil vezes, que o mesmo Filho, que eternamente é concebido e gerado na mente do Pai, seja também concebido temporalmente e gerado no ventre da Mãe? Isto é o que quer dizer beatus venter qui te portavit (Lc. 11,27) (Pe. Antônio Vieira, Sermão XXI).

 

12. Mãe do bom Conselho: “Pedimos à Virgem Santíssima que nos obtenha uma autêntica «sabedoria do coração», a fim de projetar bem a nossa vida e retomar com entusiasmo as nossas atividades. Ela, que é chamada nas Ladainhas lauretanas «Mãe do Bom Conselho», nos sugira bons pensamentos e nos ajude a orientar a nossa vida de acordo com o desígnio de Deus” (João Paulo II, 6 de setembro de 1998).

 

13. Mãe do Criador: “Mãe de Deus, Mãe do criador… dois títulos que parecem contraditórios em seus termos e que, no entanto, exprime grande realidade porque Maria, embora sendo criatura, é verdadeiramente a Mãe do seu Criador, Mãe do Filho de Deus, a quem deu corpo humano, fruto das suas entranhas e do seu sangue” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 122, 1).

 

14. Mãe do Salvador: “Ó Filha, escutai e vede, tão preciosa fostes que merecestes tornar-vos filha do Filho e ser a serva daquele que gerastes, a Mãe do senhor, a Mãe do Salvador, Filho do Altíssimo. O Rei arrebatado pelo esplendor de vossa beleza, escolheu complacente vossa carne imaculada para lugar de seu recolhimento” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 120, 2).

 

15. Mãe da Igreja: “O papel de Maria para com a Igreja é inseparável de sua união com Cristo, decorrendo diretamente dela (dessa união). ‘Esta união de Maria com seu Filho na obra da salvação manifesta-se desde a hora da concepção virginal de Cristo até sua morte. Ela é particularmente manifestada na hora da paixão de Jesus… Após a ascensão de seu Filho, Maria ‘assistiu com suas orações a Igreja nascente’. Reunida com os apóstolos e algumas mulheres, ‘vemos Maria pedindo, também ela, com sua orações, o dom do Espírito, o qual, na Anunciação, a tinha coberto com sua sombra… ‘Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo. A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos” (Catecismo da Igreja Católica, 964-966).

 

16. Virgem Prudentíssima: “Ó Maria, és santa de corpo e de espírito. De modo todo especial, podeis dizer: ‘A minha conversação está nos céus”… Sois o jardim fechado, a fonte selada, o templo do Senhor, o santuário do Espírito Santo! Sois a Virgem prudentíssima: além da lâmpada cheia, tendes repleto de óleo o vaso” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 121, 2).

 

17. Virgem Venerável, 18. Virgem Louvável: “Certamente, era de todo conveniente que esta Mãe tão venerável brilhasse sempre adornada dos fulgores da santidade mais perfeita, e, imune inteiramente da mancha do pecado original, alcançasse o mais belo triunfo sobre a antiga serpente; porquanto a ela Deus Pai dispusera dar seu Filho Unigênito — gerado do seu seio, igual a si mesmo e amado como a si mesmo — de modo tal que Ele fosse, por natureza, Filho único e comum de Deus Pai e da Virgem; porquanto o próprio Filho estabelecera torná-la sua Mãe de modo substancial; porquanto o Espírito Santo quisera e fizera de modo que dela fosse concebido e nascesse Aquele de quem Ele mesmo procede” (Pio IX, Bula “Ineffabilis Deus”, 3).

 

19. Virgem Poderosa: “Tão grande é o prestígio de uma mãe, que nunca pode tornar-se súdita de seu filho, ainda que ele seja monarca e tenha domínio sobre todas as pessoas do seu reino. É verdade, sentado agora à direita de Deus Pai, no céu, reina Jesus e tem supremo domínio sobre todas as criaturas e também sobre Maria. E o tem mesmo como homem, diz Santo Tomás, por causa da união hipostática com a pessoa do Verbo. Todavia, é também certo que nosso Redentor, quando vivia na terra, quis humilhar-se a ponto de ser submisso a Maria” (Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 1,  capítulo VI).

 

20. Virgem Benigna: “Enquanto Maria viveu na terra, seu constante pensamento, depois da glória de Deus, era ajudar os necessitados. Sabemos que desde então já gozava o privilégio de ser ouvida em tudo o que pedia. Haja em vista, por exemplo, o que se passou nas bodas de Caná, na Galiléia. Veio a faltar o vinho, com vexame e contratempo então para os esposos. Cheia de compaixão, a Santíssima Virgem pediu ao Filho que os consolasse com um milagre. Expôs-lhe a necessidade em que se viam, dizendo: Eles não têm vinho (Jo 2, 3)(Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 1, capítulo VI, 2).

 

21. Virgem Fiel: “Eis que venho, para fazer, ó Deus, a vossa vontade” (Hb 10, 7). Assim Maria, que devia ser a imagem mais fiel do cristo, oferece-se à vontade do Pai celeste, dizendo: ‘Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra’ (Lc 1, 38).

Fiel à sua oferta, aceitará incondicionalmente não só qualquer desejo manifestado por Deus, mas também qualquer circunstância por Ele permitida; aceitará a longa viagem penosa que a conduzirá para longe de casa, precisamente nos dias em que deverá dar à luz o Filho de Deus; aceitará a humilde e pobre estrebaria, a fuga noturna para o Egito, as dificuldades e os incômodos do exílio, o trabalho e o cansaço de uma vida pobre, a separação do Filho que se afasta dela para se dar ao apostolado, as perseguições e as injúrias ao seu Jesus e tão pungente ao seu coração materno; aceitará enfim os opróbrios da Paixão e do Calvário, a morte do Filho amado” (Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena, Intimidade Divina, 120, 2).

 

22. Espelho de Justiça: “O termo justiça é usado no sentido bíblico de santidade; se diz da Virgem que ela é espelho de justiça por ser ela quem melhor reflete a santidade de Deus” (Pe. R. Th. Calmel, O.P.).

 

23. Sede da Sabedoria: “Maria, a Mãe de Deus toda santa, sempre Virgem, é a obra-prima da missão do Filho e do Espírito na plenitude do tempo. Pela primeira vez no plano da salvação e porque o seu Espírito a preparou, o Pai encontra a Morada em que seu Filho e seu Espírito podem habitar entre os homens. É neste sentido que a Tradição da Igreja muitas vezes leu, com relação a Maria, os mais belos textos sobre a Sabedoria. Maria é decantada e  representada na Liturgia como o ‘trono da Sabedoria” (Catecismo da Igreja Católica, 721).

 

24. Causa de nossa alegria: “Antes da vinda de Nosso Senhor, o Céu estava fechado para nós. Foi o sacrifício do Calvário que nos reconciliou com o Criador e nos proporcionou a verdadeira e eterna felicidade. Como foi por meio de Nossa Senhora que o Redentor da humanidade veio à Terra, Maria Santíssima é, pois, a causa de nossa maior alegria” (André Damino, Na escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).

 

25. Vaso Espiritual: “Maria é vaso espiritual porque é a criatura, a única e singular criatura humana, que foi sempre residência do Espírito Santo” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

26. Vaso Honorífico: “É vaso honorífico no sentido de que é digna de toda honra mais do que qualquer criatura no céu e na terra” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

 27. Vaso insigne de Devoção: “Como Nossa Senhora nunca deixou de ser devotada aos desígnios de Deus — ao seu mais alto desígnio que é a encarnação redentora — reconhecemos ser ela animada por insigne devoção: eis a serva do senhor” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

28. Rosa Mística: “Ninguém ignora que a rosa é símbolo de amor. Já que Maria é cheia de graça e de amor, nós a proclamamos rosa mística” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

29. Torre de Davi: “Lemos na Sagrada Escritura que o rei Davi tomou a fortaleza de Jerusalém dos jebuseus e edificou a cidade em torno dela. ‘E Davi habitou a fortaleza, e por isso se chamou cidade de Davi’ (Paralipômenos, 11,7). Naturalmente, o rei Davi fortificou a cidade, para torná-la inexpugnável, e a dotou de forte guarnição. A Igreja Católica é a nova Jerusalém, e nela temos uma torre ou fortaleza que nenhum inimigo pode invadir ou destruir, que é Nossa Senhora. Ela constitui o ponto de maior resistência e melhor defesa. Por isso, nesta invocação honramos a Nossa Senhora reconhecendo que nunca houve, nem haverá, quem melhor proteja os fiéis e defenda a honra de Deus do que Ela” (André Damino, Na escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).

 

30. Torre de Marfim: “Maria nos protege com força e inteligência de mãe contra a Serpente infernal e seus sequazes, por isso pode ser comparada à uma torre. Ela nos protege tanto mais firmemente contra os liames do pecado porque ela própria nunca a eles deu a menor deixa, é pura, imaculada, é o que sugere, embora palidamente, a cor do marfim. Pureza e proteção estão sempre conexas nas intervenções de Nossa Senhora, por isso é torre de marfim” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

31. Casa de Ouro: “Em seu seio virginal Maria deu ao Filho de Deus a natureza humana, é comparada, então, a uma moradia de beleza inestimável: casa de ouro” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

32. Arca da Aliança: “No Antigo Testamento, na Arca da Aliança ficavam guardadas as tábuas da lei dadas por Deus a Moisés e um punhado do maná recebido milagrosamente no deserto. Por isso ela lembrava as promessas e a proteção de Deus. Nossa Senhora é, no Novo Testamento, a Arca da Aliança que protege o povo eleito da Igreja Católica e lembra as infinitas misericórdias de Deus” (André Damino, Na escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962). “A arca da aliança abrigava somente as Tábuas da Lei, mas Maria abrigou aquele que o céu e a terra não podem conter” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

33. Porta do Céu: “Nossa Senhora é invocada desse modo, pois foi por meio d’Ela que Jesus Cristo veio à Terra, e é por Ela que nos vêm todas as graças, as quais têm como finalidade nos levar ao Céu, nossa morada eterna. Assim, Ela favorece nossa entrada no Céu, como a porta favorece a entrada num local” (André Damino, Na escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).

 

34. Estrela da Manhã: “Pouco antes de nascer o sol, quando a escuridão é maior e vai começar a clarear, aparece no horizonte uma estrela de maior luminosidade. Depois, quando as outras estrelas desaparecem na claridade nascente, ela ainda permanece. Assim foi Nossa Senhora, pois seu nascimento significava que logo nasceria o Sol de Justiça, Nosso Senhor Jesus Cristo. E quando a Fé se perdia até entre o povo eleito, Ela continuava a acreditar e esperar. Ela é o modelo da perseverança na provação e o anúncio da Luz que virá” (André Damino, Na escola de Maria, Ed. Paulinas, 4ª edição, São Paulo, 1962).

 

35. Saúde dos Enfermos: “A condição de sofrimento em que viveis e o desejo de recuperar a saúde tornam-vos particularmente sensíveis ao valor da esperança. Confio à intercessão de Maria a vossa aspiração ao bem-estar do corpo e do espírito... Esta ajudar-vos-á a dar um significado novo ao sofrimento, transformando-o em caminho de salvação, em ocasião de evangelização e de redenção. Com efeito, "o sofrer pode ter também um significado positivo para o homem e para a própria sociedade, chamado como é a tornar-se uma forma de participação no sofrimento salvífico de Cristo e na Sua alegria de Ressuscitado e, portanto, uma força de santificação e de edificação da Igreja" (Christifideles laici, 54; cf. Carta Encíclica Salvifici doloris, 23). Modelada na experiência de Cristo e habitada pelo Espírito Santo, a vossa experiência da dor proclamará a força vitoriosa da Ressurreição” (João Paulo II, 11 de fevereiro de 1998).

 

36. Refúgio dos Pecadores: “Como os pobres enfermos, que, por causa de suas misérias, vivem abandonados de todos e só encontram abrigo nos hospitais públicos: assim os pecadores mais miseráveis, embora repelidos por todos, encontram acolhimento na misericórdia de Maria. Deus colocou-a neste mundo para ser o refúgio e o hospital público dos pecadores, conforme se exprime São Basílio. Esta é, também, a razão por que Santo Efrém a chama ‘abrigo dos pecadores’. Assim, minha Rainha, se a vós recorro, não podeis repelir-me por causa dos meus pecados; e quanto mais miserável sou, tanto mais razão tenho de ser acolhido sob a vossa proteção, porque Deus vos criou para serdes o refúgio dos mais miseráveis. A vós, portanto, recorro, ó Maria, colocando-me debaixo do manto da vossa proteção. Sois o refúgio e a esperança da minha salvação. Se me rejeitásseis, para quem me voltaria?” (Santo Afonso Maria de Ligório, Visitas a Jesus Sacramentado e a Nossa Senhora, 18).

 

37. Consoladora dos Aflitos: “Que alívio eu sinto nas minhas penas, que consolação nas minhas tribulações, que força nas tentações, quando penso em vós, e vos chamo em meu auxílio, Maria, Mãe terna e santa! Grandes santos, quanta razão tendes de exaltar esta augusta Senhora minha, chamando-lhe como Santo Efrém: ‘o porto dos aflitos’; como São Boaventura: ‘a reparação de nossas desgraças e a consolação dos miseráveis’; como São Germano: ‘o fim das nossas lágrimas’. Maria, consolai-me; vejo que estou cheio de iniqüidades, cercado de inimigos, pobre de virtudes, frio no amor para com Deus. Consolai-me, consolai-me, mas a consolação que desejo é começar uma vida nova, uma vida verdadeiramente agradável a vosso Filho e a vós” (Santo Afonso Maria de Ligório, Visitas a Jesus Sacramentado e a Nossa Senhora, 28).

 

38. Auxílio dos Cristãos: No século XVI, a força naval dos turcos ameaça dominar o Mediterrâneo. Unindo a Espanha com Veneza, o papa São Pio V consegue formar uma força naval sob o comando de João da Áustria. E, em 1571, no estreito de Lepanto a esquadra turca foi totalmente destruída. Enquanto se realizava a batalha o papa e toda a sua corte rezava o rosário de Nossa Senhora. Após a vitória, o papa São Pio V mandou incluir na Ladainha de Nossa Senhora a invocação: Auxílio dos Cristãos.

 

39. Rainha dos anjos: “A Santa Mãe de Deus foi exaltada acima de todos os coros dos anjos. Sim, diz o  Abade Guerrico, exaltada acima dos anjos, de modo que só tem acima de si seu Filho, o Unigênito de Deus.

Dividem-se todos as ordens de anjos e santos em três hierarquias, como ensinam Santo Tomás e o Pseudo-Dionísio Areopagita. Mas, segundo Gerson, constitui Maria no céu uma hierarquia à parte, de todas a mais sublime, a segunda depois de Deus. A senhora está incomparavelmente acima dos servos, observa Santo Antonino; e assim também a glória de Maria é sem comparação maior do que a dos anjos” (Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2, capítulo II, VIII, Segundo Ponto, 1).

 

40. Rainha dos Patriarcas, 41. Rainha dos Profetas: “Os patriarcas e os profetas que esperavam e anunciavam o Messias, o Redentor da humanidade culpada, deviam inevitavelmente levantar os olhos para a Mãe do Messias, aquela que finalmente iria esmagar a cabeça da Serpente. Esta espera que se prolongou por séculos, começara no coração de Adão e Eva, os primeiros pais do gênero humano, logo após o primeiro pecado e o primeiro perdão do Pai Celeste. A espera e a esperança, o anúncio profético ficaram mais precisos ao longo do Antigo Testamento. E assim os Patriarcas e Profetas anunciaram ao mesmo tempo o Redentor e Rei dos reis e a Virgem Santíssima que o traria ao mundo e reinaria à sua direita (Salmo 44: astitit Regina a dextris tuis). Com toda a propriedade Maria é invocada como Rainha dos Patriarcas e dos Profetas” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

42. Rainha dos Apóstolos: “Reunindo à sua volta os Apóstolos e os discípulos tentados pela dispersão, a Virgem Maria entrega-os ao “fogo” do Espírito, que os há de lançar na aventura da missão. O “sensus fidei” do povo cristão reconhecerá a presença ativa de Maria, não apenas na comunidades dos primórdios, mas também nas vicissitudes da Igreja. Por isso, não hesitará em tributar-lhe o título de “Rainha dos Apóstolos” (João Paulo II, Celebração da Palavra em Zadar, Croácia).

 

43. Rainha dos Mártires: “Maria é Rainha dos mártires. Pois entre todos os martírios foi o seu o mais longo e também o mais doloroso. Quem lhe poderá medir jamais a extensão? Ao considerar o sofrimento dessa Mãe dolorosa, não sabia Jeremias a quem compará-lo. Pois não exclama: A quem te compararei? Porque é grande como o mar o teu desfalecimento. Quem te remediou? (Jr 2, 13). ‘Ó Virgem bendita, como a amargura do mar excede todas as amarguras, assim tua dor excede todas as outras dores’,- desta forma explica Hugo de São Vitor o citado texto. Na opinião de Eádmero, a dor de Maria era suficiente para causar-lhe a morte a cada instante, se Deus não lhe tivesse conservado a vida por um singular milagre. E São Bernardino de Sena chega a dizer que a intensidade de seu sofrimento tão aniquiladora foi, que, dividida por todos os homens, bastaria para faze-los morrer todos, repentinamente” (Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2, capítulo II, Tratado II, Ponto Segundo).

 

44. Rainha dos Confessores: “Sem ter nunca celebrado os santos mistérios nem ter confessado a fé à maneira comum dos confessores, testemunhou desta fé na presença de Deus, dos anjos e dos bons homens com a força e a constância de santa Mãe de Deus; logo é com toda a justeza que podemos aclamá-la, Rainha dos Confessores” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

45. Rainha das Virgens, 46. Rainha de todos os Santos: “Enfim, sua virgindade foi de tal modo humilde, transparente e penetrada de caridade para com Deus, que mereceu tornar-se mãe de Deus permanecendo virgem; de algum modo o Verbo de Deus se obriga a consagrar a virgindade daquela que lhe dava a natureza humana: verdadeiramente Rainha das Virgens, Rainha de todos os santos” (Pe. R. Th. Calmel, O. P.).

 

47. Rainha Concebida sem Pecado Original: “A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original” (DS 2803).

 

48. Rainha assunta ao céu: “Consideremos como, descendo o Salvador do céu para encontrar a Mãe, lhe disse, consolando-a: Levanta-te, apressa-te, amiga minha; pomba minha, formosa minha, e vem. Porque já passou o inverno, já se foram e cessaram de todo as chuvas (Ct 2, 10). Vamos, minha cara Mãe, minha bela e pura pomba, deixa este vale de lágrimas, onde tens sofrido tanto por meu amor… Vem com alma e corpo, gozar o prêmio de tua santa vida. Se tens padecido muito no mundo, maior é a glória que te darei de rainha do universo.

Eis que Maria já deixa a terra. Vêm-lhe à memória as muitas graças que aí recebera de seu Senhor. Olha-a por isso com afeto e juntamente com compaixão, recordando-se dos pobres que deixa expostos a tantas misérias e a perigos tantos. Jesus lhe estende a mão, e a santa Mãe já se eleva no ar, já passa as nuvens e as esferas. E chega enfim às portas do céu” (Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, Parte 2, capítulo II, VIII, Primeiro Ponto, 1).

 

49. Rainha do Santo Rosário: “Dos Nossos Predecessores, Sixto V, de feliz memória, aprovou o antigo costume de recitar o Rosário; Gregório XIII instituiu a festa do Rosário; Clemente VIII introduziu-a no Martirológio; Clemente XI estendeu-a a toda a Igreja; e Benedito XIII inseriu-a depois no Breviário Romano. Assim Nós, em perene testemunho do Nosso apreço por esta forma de piedade, além de havermos decretado que dita festa e o seu Oficio sejam celebrados em toda a Igreja, com rito duplo de segunda classe, também quisemos que o mês de Outubro inteiro fosse consagrado a esta devoção. Enfim, prescrevemos que nas Ladainhas Lauretanas se acrescentasse a invocação: "Rainha do sacratíssimo Rosário", como augúrio de vitória na presente luta” (Leão XIII, Carta Encíclica “Diuturni Temporis”, 4).

 

50. Rainha da paz: “O nosso olhar volta-se para Ti com emoção mais forte, recorremos a Ti com confiança cada vez maior nestes tempos assinalados por não poucas incertezas e temores pela sorte do presente e do futuro do nosso Planeta.

A Ti, primícia da humanidade redimida por Cristo finalmente libertada da escravidão do mal e do pecado elevamos juntos uma súplica premente e confiante: escuta o grito de dor das vítimas das guerras e de tantas formas de violência que ensanguentam a Terra.

Dissipa as trevas da tristeza e da solidão do ódio e da vingança. Abre a mente e o coração de todos à confiança e ao perdão!

Mãe de misericórdia e de esperança, obtém para os homens e as mulheres do terceiro milênio, o dom precioso da paz: paz nos corações e nas famílias, nas comunidades e entre os povos; paz sobretudo para as nações onde em cada dia se continua a combater e a morrer.

Faz com que cada ser humano, de todas as raças e culturas, encontre e acolha Jesus, vindo sobre a Terra no mistério do Natal, para nos dar a "sua" paz. Maria, Rainha da Paz, dá-nos Cristo, verdadeira paz do mundo!” (João Paulo II, Solenidade da Imaculada Conceição, 08 de dezembro de 2003).

 

 

Atenciosamente,

Ir. Gabriel do Santíssimo Crucifixo FP.

 

 

 

CONSELHO

 

Prezado senhor Victor Romania, corte radicalmente a amizade com os mundanos, eles são perigosíssimos: "Aqueles são frequentemente piores do que estes, porque os demônios fogem diante da oração e da invocação dos nomes de Jesus e de Maria, mas os maus amigos, quando tentam arrastar alguém ao pecado e se lhes responde com palavras edificantes e cristãs, longe de fugirem e de se recolherem, cada vez mais perseguem o coitado que lhe cai nas mãos" (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração XXXI, Ponto II).

Leia e medite Tiago 4, 4.

Eu te abençôo e te guardo no Boníssimo Coração de Maria: "Senhora amabilíssima, Senhora sublimíssima, Senhora graciosíssima, volvei vosso olhar para um pobre pecador que a vós se recomenda e em vós põe a sua confiança" (Santo Afonso Maria de Ligório, Visitas a Jesus Sacramentado e a Nossa Senhora, 13).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

TERRÍVEL PROFANAÇÃO

Itália. Sacerdote celebra missa-piquenique,

usando blocos de concreto como altar.

 

"O Sacrifício eucarístico deve realizar-se sobre altar dedicado ou benzido; fora do lugar sagrado, pode ser utilizada uma mesa conveniente, mas sempre com toalha e corporal" (Código de Direito Canônico, cân. 932 § 2).

 

"Maldito o que faz com negligência o trabalho de Deus!" (Jr 48,10)

 

 


 

"ADOREMOS E PROSTREMO-NOS" (Sl 95, 6)

Atenção, devoção e respeito

 

"Nenhum de nós participe do santo Corpo e do sagrado Sangue

de vosso Cristo para seu juízo e condenação"

(São Basílio Magno, Das orações dos primeiros cristãos, 306).

 

 


 

 

GRANDE ABERRAÇÃO

Clero de Colônia - Alemanha, juntamente com o Cardeal Joachim Meisner, participa do carnaval.

 

Será que existe coisa mais repugnante? Eles deveriam estar ajoelhados diante do Santíssimo Sacramento, imitando o exemplo dos santos: "No tempo do carnaval, São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias" (Santo Afonso Maria de Ligório, Meditações, Tomo I).

 

"Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai" (1Jo 2, 15).

 

Prezado leitor, jamais participe do carnaval, ele é o vômito de Satanás.

Leia o que escreve Santa Faustina Kowalska: "Nestes dois últimos dias de carnaval conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos neste dia. Desfaleci de terror e, apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia Divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista" (Diário, 926).

 

 

 

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