Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

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Informações: Dia: 30/06/2007 Hora: 14:55:05
Nome: edgar leandro da silva
Outro: Apostolado
e-mail: (excluímos).
Telefone: (excluímos). Caruaru-Pernambuco.

 

 

Anápolis, 06 de julho de 2007

 

Ao senhor Edgar Leandro da Silva

 

Prezado senhor, ilumine a todos com o seu exemplo: “Sede como luzes no mundo; isto é, como uma força vivificante para os outros homens” (Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo, bispo).

Obrigado pelo seu e-mail.

Estou pronto para lhe ajudar no que for preciso, caso esteja ao meu alcance.

Seja firme! Não balance de um lado para o outro a exemplo dos caniços. Mesmo que seja desprezado por todos, mantenha-se fiel a Nosso Senhor e à Santa Doutrina da Igreja Católica: “Quanto a vós, sede firmes, e que vossas mãos não se enfraqueçam, pois vossas ações terão sua recompensa” (2 Cr 15, 7).

Leia e medite o seguinte trecho:

 

“Achando-se Filipe II, rei de Espanha, às portas da morte, mandou vir seu filho à sua presença e, abrindo o mando real com que se cobria, mostrou-lhe o peito já roído de vermes, dizendo: Príncipe, vede como se morre e como se acabam todas as grandezas deste mundo. Foi com razão que Teodoro disse que a morte não teme riquezas, nem poder, nem púrpura; e que tanto os vassalos como os príncipes se tornam presa de corrupção. Assim, todo aquele que morre, ainda que seja príncipe, nada leva consigo ao túmulo. Toda a sua glória acaba no leito mortuário (Sl 48,18).

Refere Santo Antônio que, na morte de Alexandre Magno, exclamara um filósofo: “Aí está quem ontem calcava a terra aos pés; hoje é pela terra oprimido. Ontem cobiçava a terra inteira; hoje basta-lhe um espaço de sete palmos. Ontem dirigia exércitos inumeráveis através do mundo; hoje uns poucos coveiros o levam ao túmulo”. Mas escutemos, antes de tudo, o que disse o próprio Deus: “Por que se ensoberbece o pó e a cinza?” (Eclo 10,9). Para que te serve consumir teus anos e teu espírito em adquirir grandezas deste mundo? Virá a morte e então se dissiparão todas essas grandezas e todos os teus projetos (Sl 145,4).

Quão preferível foi a morte de São Paulo Eremita, que viveu sessenta anos em uma gruta, à de Nero, imperador de Roma! Quanto mais feliz a morte de São Félix, simples frade capuchinho, do que a de Henrique VIII, que passou sua vida entre as pompas reais, mas sendo inimigo de Deus!

É preciso considerar, porém, que os Santos, para alcançar morte semelhante, abandonaram tudo: pátria, delícias e quantas esperanças o mundo lhes oferecia, para abraçarem vida pobre e menosprezada.

Sepultaram-se em vida sobre a terra, para não serem sepultados no inferno depois da morte. Como, porém, os mundanos podem esperar morte feliz, vivendo, como vivem, em pecados, prazeres terrestres e ocasiões perigosas?

 Deus preveniu os pecadores que na hora da morte o procurarão e não o hão de achar (Jo 7, 34). Disse que então já não será tempo de misericórdia, mas sim de justa vingança (Dt 32, 35). A razão nos ensina esta mesma verdade, porque, na hora da morte, o mundano se achará fraco de espírito, obscurecido e duro de coração pelos maus hábitos que contraiu; as tentações então manifestar-se-ão mais violentas, e ele, que em vida se acostumou a render-se e a deixar-se vencer, como resistirá naquele transe? Seria necessária uma graça extraordinária e poderosa para lhe transformar o coração. Mas será Deus obrigado a lha conceder? Ou talvez a mereceu pela vida desordenada que levou? E, no entanto, trata-se nessa ocasião da desdita ou da felicidade eterna. Como é possível, ao pensar nisto, que aquele que crê nas verdades da fé renuncie a tudo para entregar-se inteiramente a Deus, que nos julgará segundo nossas obras?” (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração II, Ponto II).

 

Eu te abençôo e te guardo no Puríssimo Coração de Maria Santíssima.

 

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

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