Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

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Informações: Dia: 13/08/2007 Hora: 09:43:06
Nome: Antonio Carlos de O. júnior
Outro:
e-mail: (Excluímos)@gmail.com
Telefone: (Excluímos)
Comentários: Amados irmãos em Cristo meu nome é júnior moro em Brasilia e já entrei em contato uma vez com vocês mas não obtive resposta...alias veio um irmão aqui em casa so que como não deu para ir ao encontro nunca mais obtive resposta nem nenhum contato de vcs...gostaria muito de poder ser acompanhado vocacionalmente, quero dar um rumo em minha vida, já estou cansado de viver neste mundo que nada mais me oferece, quero preencher o vazio que há em mim e no meu coração...gostaria de ter um contato com vcs pois quero me entregar a NOSSO Senhor, ansioso aguardo um contato de vcs...um grande abração...júnior

 

Anápolis, 14 de agosto de 2007

 

Ao jovem Antônio Carlos de O. Júnior

 

Caríssimo Antônio Carlos, entregue-se totalmente a Deus, somente Ele merece o seu amor: “Como sois feliz por terdes compreendido que Deus é tudo, e a criatura nada, que só Deus merece a homenagem suprema do coração, da vida, de todos os bens” (São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia, Vol. 3).

 

Deus lhe pague pelo e-mail.

Prezado Antônio, lembre-se continuamente de que o tempo passa, o ontem não volta mais, e ficar adiando a consagração a Deus é grande prejuízo.

Estou pronto para ajudar-lhe, contanto que você saiba o que quer. Não basta marcar metas, é preciso lutar até o fim. Tudo passa.

Não se esqueça de buscar sempre a Cristo Crucificado e de viver no Calvário com Ele, esse é o lugar dos verdadeiros discípulos de Cristo: “O monte Calvário é o monte dos amantes. Todo o amor que não tiver por origem a Paixão do Salvador é frívolo e perigoso” (São Francisco de Sales, Tratado do Amor de Deus, Livro XII, Cap. XIII).

Você já observou que milhões de jovens gastam dinheiro, saúde, tempo e arriscam a própria vida para servir a Satanás e o mundo? Será que foi o demônio que morreu na cruz para salvá-los? Como são estúpidos, ignorantes e ingratos! O que dirão a Deus na hora do terrível julgamento?

Milhões são aqueles que se entregam de corpo e alma ao Diabo, fazem todo tipo de extravagância para agradar ao Príncipe das trevas, que em recompensa os acaricia com suas garras infernais levando-os pelo caminho do Inferno Eterno.Quanta cegueira!

Pouquíssimos são os que aceitam o convite de Deus e se consagram a Ele; e desses, a maioria busca uma vida fácil nos conventos e seminários, parecem bonecas de açúcar: “É uma vergonha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos” (Dos Sermões de São Bernardo de Claraval).

Prezado Antônio, se você realmente se cansou do vazio do mundo, acorde enquanto é tempo e se entregue de corpo e alma a Deus.

Leia e medite esse trecho sobre a BREVIDADE DA VIDA: “Que é nossa vida?... Assemelha-se a um tênue vapor que o ar dispersa e desaparece completamente. Todos sabemos que temos de morrer. Muitos, porém, se iludem, imaginando a morte tão afastada que jamais houvesse de chegar. Jó, entretanto, nos adverte que a vida humana é brevíssima: “O homem, vivendo breve tempo, brota como flor e murcha”. Foi esta mesma verdade que Isaías anunciou por ordem do Senhor. “Clama — disse-lhe — que toda a carne é erva... verdadeira erva é o povo; seca a erva, e cai a flor” (Is 40,6-8). A vida humana é, pois, semelhante à dessa planta. Chega a morte, seca a erva; acaba a vida e murcha cai a flor das grandezas e dos bens terrenos.

A morte corre velocíssima sobre nós, e nós, a cada instante, corremos para ela (Jo 9,25). Este momento em que escrevo — disse São Jerônimo — faz-me caminhar para a morte. Todos temos de morrer, e nós deslizamos como a água sobre a terra, a qual não volta para trás” (Jó 27, 15). Vê como corre o regato para o mar; suas águas não retrocedem; assim, meu irmão, passam teus dias e cada vez mais te acercas da morte. Prazeres, divertimentos, faustos, lisonjas e honras, tudo passa. E o que fica? “Só me resta o sepulcro” (Jó, 17,1). Seremos lançados numa cova e, ali, entregues à podridão, privados de tudo. No transe da morte, a lembrança de todos os gozos que em vida desfrutamos e bem assim das honras adquiridas só servirá para aumentar nossa mágoa e nossa desconfiança de obter a salvação eterna. Dentro em breve, o pobre mundano terá que dizer: minha casa, meus jardins, esses móveis preciosos, esses quadros raríssimos,  aqueles vestuários já não serão para mim! Só me resta o sepulcro.

Ah! com que dor profunda há de olhar para os bens terrestres aquele que os amou apaixonadamente! Mas essa mágoa já não valerá senão para aumentar o perigo em que se acha a salvação. A experiência nos tem provado que tais pessoas, apegadas ao mundo, mesmo no leito da morte, só querem que se lhes fale de sua enfermidade, dos médicos que se possam consultar, dos remédios que os aliviem. Mas, logo que se trata da alma, enfadam-se e pedem para descansar, porque lhes dói a cabeça e não podem ouvir conversação. Se, por acaso, respondem, é confusamente e sem saberem o que dizem. Muitas vezes, o confessor lhes dá a absolvição, não porque os acha bem preparados, mas porque já não há tempo a perder. Assim morrem aqueles que pensam pouco na morte.

Exclamava o rei Ezequias: “Minha vida foi cortada como por tecelão. Quando ainda estava urdindo, ele me cortou” (Is 38,12). Quantas pessoas andam preocupadas a tecer a teia de sua vida, ordenando e combinando com arte seus mundanos desígnios, quando os surpreende a morte e rompe tudo! Ao pálido resplendor da última luz todas as coisas deste mundo se obscurecem: aplausos, prazeres, pompas e grandezas.

Grande segredo o da morte! Sabe mostrar-nos o que não vêem os amantes do mundo enganador. As mais cobiçadas fortunas, os postos mais elevados em dignidade, os triunfos mais estupendos, perdem todo o seu esplendor considerados à vista do leito mortuário. Convertem-se então em indignação contra nossa própria loucura as idéias que tínhamos formado de certa felicidade ilusória. A sombra negra da morte cobre e obscurece até as dignidades régias.

Durante a vida, nossas paixões nos apresentam os bens do mundo de modo mui diferente do que são. A morte, porém, lhes tira o véu e os mostra na sua realidade: fumo, lodo, vaidade e miséria. Meu Deus, para que servem depois da morte riquezas, domínio e reinos, quando, ao morrer, temos apenas necessidade de um ataúde de madeira e de uma mortalha para cobrir o corpo? Para que servem honras, se apenas nos darão um cortejo fúnebre ou pomposas exéquias, que de nada nos aproveitarão se a alma está perdida? Para que serve formosura do corpo, se não contém mais que vermes, podridão espantosa e, pouco depois, pó infecto? Ele me reduziu a ser como a fábula do povo, e sou um ludíbrio diante deles. Morre um ricaço, um governador, um capitão, e por toda parte sua morte será apregoada. Mas, se viveu mal, virá a ser censurado pelo povo, exemplo da vaidade do mundo e da justiça divina, e escarmento para muitos. Na cova será confundido com os cadáveres dos pobres. “Grandes e pequenos ali estão” (Jó 3,19). De que lhe serviu a galhardia do seu corpo, se agora não passa de um montão de vermes? De que lhe valeu a autoridade que possuía, se agora seus restos mortais estão condenados a apodrecer numa vala e a sua alma arrojada nas chamas do inferno? Oh! que desdita ser para os demais objeto de semelhantes reflexões, e não as haver feito em benefício próprio! Persuadamo-nos, portanto, que, para remediar as desordens da consciência, não é apropriado o tempo da morte, mas sim o da vida.

Apressemo-nos a pôr mãos à obra naquilo que então não poderemos fazer. Tudo passa e fenece depressa (1Cor 7, 29). Procuremos agir de modo que tudo nos sirva para conquistar a vida eterna.

Que grande loucura expor-se ao perigo de uma morte infeliz e começar com ela uma eternidade desditosa, por causa dos breves e miseráveis deleites desta vida tão curta! Oh, quanta importância tem esse último instante, esse último suspiro, esta última cena! É uma eternidade de gozos ou de tormentos. Vale uma vida sempre feliz ou sempre desgraçada. Consideremos que Jesus Cristo quis morrer vítima de tanta amargura e ignomínia para nos obter morte venturosa. Com este objetivo nos admoesta e ameaça, tudo para que procuremos concluir a hora derradeira na graça e na amizade de Deus.

Até um pagão, Antístenes, a quem perguntaram qual era a maior dita deste mundo, respondeu que era uma boa morte. Que dirá, pois, um cristão, a quem a luz da fé ensina que nesse momento se enceta um dos dois caminhos, o do eterno sofrimento ou o da eterna alegria? Se numa bolsa metessem dois bilhetes: um com a palavra inferno, outro com a palavra glória, e tivesses que tirar à sorte um deles para seguir imediatamente ao lugar indicado, que precaução não tomarias para tirar o que desse entrada para o céu? Os desgraçados, condenados a jogar a vida, como haveriam de tremer ao estender a mão para lançar os dados de cuja sorte dependesse a sua vida ou a sua morte? Com que espanto te verás próximo desse momento solene em que poderás dizer a ti mesmo: Deste momento depende minha vida ou minha morte eterna! Decide-se agora se hei de ser eternamente feliz ou desgraçado para sempre!... Refere São Bernardino de Sena que certo príncipe, ao expirar, dizia atemorizado: Eu, que tantas terras e palácios possuo neste mundo, não sei, se morrer esta noite, que mansão irei habitar!

Se crês, meu irmão, que hás de morrer, que existe eternidade, que se morre só uma vez, e que, dado este passo em falso, o erro é irreparável para sempre e sem esperança de remédio: por que não te decides, desde o momento em que isto lês, a praticar quanto puderes para te assegurar uma boa morte?... Era a tremer que Santo André Avelino dizia: Quem sabe a sorte que me estará reservada na outra vida: salvar-me-ei?... Tremia um São Luís Beltrão de tal maneira que, em muitas noites, não lograva conciliar o sono, acabrunhado pelo pensamento que lhe dizia: Quem sabe se te condenarás? E tu, meu irmão, que de tantos pecados és culpado, não tremes? Apressa-te em tomar o remédio oportuno; decide entregar-te inteiramente a Deus, e começa, desde já, uma vida que não te aflija, mas proporcione consolo na hora da morte. Dedica-te à oração; freqüenta os sacramentos, evita as ocasiões perigosas e, se tanto for preciso, abandona o mundo para assegurar tua salvação, persuadido de que, quando desta se trata, não há confiança que baste” (Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a Morte, Consideração III, Pontos I, II e III).

Caríssimo Antônio, por que será que para servir a Deus os jovens colocam tanto obstáculo e pensam por anos inteiros; e para o serviço de Satanás eles se entregam prontamente?

Eu te abençôo e te guardo no Sagrado Coração de Jesus.

Atenciosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

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