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				Anápolis, 09 de fevereiro de 2012   
				Ao doutor Eurípedes Malaquias da Silva 
				Benfeitor do Instituto – Goiânia – GO   
				Prezado senhor, lembre-se continuamente de que 
				esse mundo é um vale de lágrimas, enquanto que o Céu é um oceano 
				de felicidade... mar de alegria... e para “mergulhar” 
				na Santíssima Trindade após a morte é preciso viver santamente:
				“... esforçai-vos ardorosamente para 
				que ele vos encontre em paz, vivendo uma vida sem mácula e 
				irrepreensível” (2 Pd 3, 14).   
				O caminho do Céu é carpetado de “espinhos” 
				e “pedras”... é impossível chegar à Pátria celeste 
				por outro caminho. Nosso Senhor Jesus Cristo nos deixou somente 
				um caminho para o Céu... o caminho apertado: 
				“... apertado o caminho 
				que conduz à Vida” (Mt 7, 14). 
				Muitos deixam de caminhar para o Céu por causa 
				das dificuldades; os mesmos se recuam diante dos obstáculos e 
				fogem apavorados das cruzes... Esses jamais se salvarão, porque 
				o caminho para o Céu é o da cruz. 
				Caríssimo senhor, levando aos ombros a nossa cruz 
				caminhamos como Isaac para o monte do sacrifício, como Jesus 
				para o alto do Calvário! 
				A cruz é custosa e às vezes parece-nos 
				insuportável para os ombros; porém, se Deus a colocou neles, 
				dá-nos um sinal de que nos estima, e de que não nos faltará com 
				a sua graça para a levarmos. 
				A cruz é pesada, mas que importa? Depressa nos 
				aliviará Deus de seu peso e em troca dela nos dará o descanso 
				eterno. 
				Devemos nos alegrar diante do sofrimento! Estamos 
				no caminho do bem, vivemos a vida de Cristo e caminhamos pelo 
				caminho da salvação. É por esse caminho que anda os discípulos 
				de Jesus Cristo. Só seremos coroados no céu se suportarmos com 
				ânimo o peso da cruz. 
				Não olhemos para a cruz que Deus nos envia como 
				para um infortúnio. Vemos antes nela uma prova de que Deus nos 
				ama, pois Ele disse: “Os que amo, 
				castigo” (Pr 3,12). 
				A cruz é um bem para o corpo e para a alma. As 
				dores que atormentam o corpo são freios que lhe moderam os 
				apetites e reprimam as paixões. 
				As dores do corpo fazem crescer na alma as 
				virtudes. É na cruz que a paciência se adquire e aperfeiçoa. Na 
				cruz se acrisola a resignação e valoriza a conformidade com a 
				divina vontade. 
				A cruz ergue a nossa esperança para os bens 
				do céu, aviva a fé nas divinas promessas e inflama o coração no 
				amor de Jesus Cristo (cfr. Pe. Alexandrino Monteiro, 
				Raios de luz). 
				Obrigado pela colaboração! Rezo pelo senhor e 
				família. 
				Eu te abençôo e te guardo no Coração de Maria 
				Virgem. 
				Atenciosamente,   
				Pe. Divino Antônio Lopes FP. |