Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

023 / 2017

 

Anápolis, 11 de setembro de 2017

 

À senhora Elda Maria Carlos de Freitas Costa

Benfeitora do Instituto, Brasília – DF

 

Prezada senhora, o céu é a pátria dos batalhadores, fortes e ousados. É preciso entesourar tesouros no céu agora, realizando sempre o que agrada a Deus: “Se não queremos perder o nosso merecimento para o céu, cuidemos de trabalhar e sofrer no estado da graça de Deus” (Pe. João Batista Lehmann).

 

Devemos amar o próximo, mas não podemos deixar o nosso coração se apegar às criaturas. O coração apegado ao que passa despreza a Deus.

Fomos criados para conhecer, amar e servir a Deus… tudo o que realizamos afora isso, roubamos do Criador.

Para se chegar a amar a Deus de todo o coração é preciso despojar-se de tudo o que não é Deus ou que não leva a Ele.

O Criador quer ser o único a possuir nossos corações. Ele não admite companheiros.

Quando, pois, as criaturas desejarem entrar em nosso coração para roubar aquele amor que devemos todo a Deus, é preciso logo despedi-las fechando-lhes a porta.

Nosso Senhor é um Deus ciumento… não aceita um coração dividido e apegado aos bens desse mundo: “… pois teu Deus é um fogo devorador. Ele é um Deus ciumento” (Dt 4, 24).

A vida é breve… o tempo passa como um vento veloz. É grande loucura desprezar a Deus para mendigar as coisas caducas desse mundo. Feliz da pessoa que aproveita o tempo para amar a Deus e salvar a sua alma imortal e espiritual.

Caríssima senhora, reze o Salmo 145 durante os meses de setembro e outubro: “Eu te exalto, ó Rei meu Deus, e bendigo teu nome para sempre e eternamente. Vou te bendizer todos os dias e louvar teu nome para sempre e eternamente. Grande é Deus, e muito louvável, é incalculável a sua grandeza. Uma geração apregoa tuas obras a outra, proclamando as tuas façanhas. Tua fama é esplendor de glória: vou cantar o relato das tuas maravilhas. Falarão do poder dos teus terrores, e eu cantarei a tua grandeza. Difundirão a lembrança da tua bondade imensa e aclamarão a tua justiça. Deus é piedade e compaixão, lento para a cólera e cheio de amor; Deus é bom para todos, compassivo com todas as suas obras. Que tuas obras todas te celebrem, Senhor, e teus fiéis te bendigam; digam da glória do teu reino e falem das tuas façanhas, para anunciar tuas façanhas aos filhos de Adão, e a majestade gloriosa do teu reino. Teu reino é reino para os séculos todos, e teu governo para gerações e gerações. Deus é verdade em suas palavras todas, amor em todas as suas obras; Deus ampara todos os que caem e endireita todos os curvados. Em ti esperam os olhos de todos e no tempo certo tu lhes dás o alimento: abres a tua mão e sacias todo ser vivo à vontade. Deus é justo em seus caminhos todos, e fiel em todas as suas obras; está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam sinceramente. Realiza o desejo dos que o temem, ouve seu grito e os salva. Deus guarda todos os que o amam, mas vai destruir todos os ímpios. Que minha boca diga o louvor de Deus e toda carne bendiga seu nome santo, para sempre e eternamente!”

Leia com atenção essa “historinha”: Um sonho terrível.

Refere São Vicente Ferrer que um moço, abusando do benefício da educação cristã que recebera, deixou-se levar às mais tristes desordens. Uma vez, tendo passado todo o dia na devassidão com seus companheiros de libertinagem, à noite teve um sonho horrível, diríamos melhor, uma visão que Deus, na sua misericórdia, lhe enviou. O moço viu-se de repente diante do tribunal de Deus, prestes a ser ferido pelos raios da justiça divina… Ao acordar, tomado de espanto, agitado por uma febre violenta e banhado de suor, constatou que seus cabelos estavam completamente brancos.

A notícia chegou até aos amigos, que o foram ver e perguntaram-lhe o que havia acontecido, e por que seus cabelos se tornaram brancos da noite para o dia.

– Não sei, – disse ele, – se tive um sonho ou uma visão misteriosa. O certo é que a cena terrível que eu vi se verificará sempre.

– E que é que você viu?

– Vi meu Juiz: o seu olhar terrível, quando repreendeu minhas desordens, quando me mostrou todos os meus pecados escritos num livro… E os demônios prestes a agarrar-me.

– É um sonho, – responderam seus falsos amigos, – é um terror imaginário. É um erro preocupar-se com isso; é preciso esquecer tudo e voltar à nossa alegre companhia.

– Não, vocês não são mais meus amigos. Não os quero na minha companhia! Vocês podem continuar no mau caminho, se quiserem; mas eu mudo de vida, e só quero pensar em fazer penitência e preparar-me para o terrível dia do juízo.

Infeliz da pessoa de despreza a graça de Deus! Que vive nesse mundo como se não existisse um julgamento após a morte!

Prezada senhora Elda, obrigado pela ajuda mensal.

Elda significa: “Sábia… rica”.

Rezamos pela senhora todos os dias.

Eu te abençoo e te guardo no Coração Imaculado de Maria.

Com respeito e gratidão,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)

 

 

 

 

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