Anápolis, 10 de fevereiro de 2018
À senhora Marluci Gontijo da Cunha
Benfeitora do Instituto, Anápolis – GO
Caríssima senhora, não desista da luta! É preciso
caminhar sempre com os olhos fixos em Jesus Cristo, nosso Deus
Forte e Consolador! O caminho do céu é cheio de obstáculos,
dificuldades e provações... é preciso recomeçar e tentar
sempre... não cansar de tentar nem de recomeçar... sem jamais
desistir! Deus ajuda aquele que luta sem retroceder.
Recuar é para os fracos e covardes...
recomeçar e lutar é para os fortes... para os que confiam em
Deus. Aquele que retrocede jamais obterá vitória!
Deus está por trás de tudo o que acontece na
nossa vida... é vontade ou permissão d’Ele. É
difícil de entender, mas é assim! O importante é agradá-lo em
tudo, porque Ele é o nosso Criador e sabe o que é o melhor para
nós. Diante de tanto sofrimento Jó disse:
“Nu saí do ventre de minha mãe e nu
voltarei para lá. O Senhor o deu, o Senhor o tirou, bendito seja
o nome do Senhor” (Jó 1, 21). A
mulher dele, uma senhora muito estúpida disse-lhe:
“Amaldiçoa a Deus e morre duma vez!”
(Jó 2, 9). Jó lhe respondeu:
“Falas como uma idiota”
(Jó 2, 10).
Deus permite muitas coisas “pesadas” na
nossa vida... mas Ele é Pai e não permite provações sem
soluções. Feliz da pessoa que se apoia em Deus,
alicerce seguro e firme, alicerce que não se abala...
quando sentirmos o “chão” abrir diante de nós, olhemos
para o alto e imploremos a ajuda de Deus, verdadeiro
alicerce.
Quem está com Deus nunca está sozinho... quem
possui muitas amizades, mas não possui Deus, está sempre só.
Perseveremos sempre... com firmeza, otimismo e
com “santa” teimosia... sempre confiando no Deus que tudo
pode. Quem persiste “arranha” o impossível.
Prezada senhora, leia essa passagem da
Paixão de Jesus Cristo durante o Tempo da Quaresma
(Mt 26, 36-47).
“Então Jesus foi
com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse aos discípulos:
‘Sentai-vos aí enquanto vou até ali para orar’. Levando Pedro e
os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a
angustiar-se. Disse-lhes, então: ‘Minha alma está triste até a
morte. Permanecei aqui e vigiai comigo’. E, indo um pouco
adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: ‘Meu Pai, se é
possível, que passe de mim este cálice; contudo, não seja como
eu quero, mas como tu queres’. E, ao voltar para junto dos
discípulos, encontra-os dormindo. E diz a Pedro: ‘Como assim?
Não fostes capazes de vigiar comigo por uma hora! Vigiai e orai,
para que não entreis em tentação, pois o espírito está pronto,
mas a carne é fraca’. Afastando-se de novo pela segunda vez,
orou: ‘Meu Pai, se não é possível que isto passe sem que eu o
beba, seja feita a tua vontade!’ E ao voltar de novo,
encontrou-os dormindo, pois os seus olhos estavam pesados de
sono. Deixando-os, afastou-se e orou pela terceira vez, dizendo
de novo as mesmas palavras. Vem, então, para junto dos
discípulos e lhes diz: ‘Dormi agora e repousai: eis que a hora
está chegando e o Filho do Homem está sendo entregue às mãos dos
pecadores. Levantai-vos! Vamos! Eis que meu traidor está
chegando”.
Leia com atenção essa “historinha”: O
cristão precisa lutar.
Cipião, o grande general romano, ganhara
uma batalha. Descansava do fragor da luta à sombra de uma árvore
no campo. Seus soldados rodeiam-no com veneração e carinho. Um
deles mostra-lhe com orgulho seu escudo: – Vede – diz – esta
obra de arte em que o cinzel esculpiu figuras maravilhosas,
sendo ao mesmo tempo tão forte que contra ele se partem como
frágeis canas os dardos dos inimigos.
– Muito lindo e muito forte – comentou
Cipião – porém o soldado romano não há de pôr sua confiança só
no escudo, mas principalmente em sua espada.
Grande verdade! Assim deve proceder,
também, o soldado de Jesus Cristo. O cristão faz bem em
defender-se com o escudo da confiança em Deus, mas empunhando
sempre a espada da luta. Confiar e lutar! É o único meio de sair
vitorioso.
Estimada senhora, obrigado pela ajuda financeira.
Rezamos pela senhora e família todos os dias.
Eu te abençoo e te guardo no Coração de Jesus
Cristo: “Por
amor duma alma, a da samaritana, Jesus caminhou até cansar e
esperou no lugar onde ela havia de aparecer. Quantas vezes Jesus
caminhou para nos salvar! Por que demoramos tanto em correr para
seus braços?” (Frei Pedro Sinzig).
Com respeito e
gratidão,
Pe. Divino Antônio Lopes FP (C)
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