Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

Carta 28

 

Anápolis, 22 de outubro de 2012

 

Ao Revmo. Pe. Cândido Rodrigues de Oliveira Neto

Administrador paroquial da Paróquia Sagrado

Coração de Jesus – Anápolis-GO

 

Caríssimo, Deus lhe pague pelas calúnias, maledicências e difamações. Rezo pelo senhor e paroquianos... perdôo-lhe de coração: “Disseram de mim todas as vilezas que se possam imaginar e levantaram contra mim calúnias feias e repugnantes. Eu me calei, sofri e alegrei-me no Senhor, porque me presenteou com um pouco do cálice amargo de sua Paixão. Recomendei a Deus os caluniadores depois de tê-los perdoado e amado com todo o meu coração” (Santo Antônio Maria Claret, Autobiografia, 628).

 

O senhor é um sacerdote jovem, com certeza estudou muito bem o OITAVO MANDAMENTO da LEI de DEUS, e sabe muito bem que calúnia é pecado mortal.

O Catecismo da Igreja Católica ensina: “Maledicência e calúnia destroem a reputação e a honra do próximo. Ora, a honra é o testemunho social prestado à dignidade humana. Todos gozam de um direito natural à honra do próprio nome, à sua reputação e ao seu respeito. Dessa forma, a maledicência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade” (2.479).

Depois de caluniar o próximo, o senhor consegue celebrar tranquilamente a Santa Missa e dormir sossegado?

Prezado, quem calunia o próximo tem o dever de reparar: “Toda falta cometida contra a justiça e a verdade impõe o dever de reparação, mesmo que seu autor tenha sido perdoado. Quando se torna impossível reparar um erro publicamente, deve-se fazê-lo em segredo; se aquele que sofreu o prejuízo não pode ser diretamente indenizado, deve-se dar-lhe satisfação moralmente, em nome da caridade. Esse dever de reparação se refere também às faltas cometidas contra a reputação de outrem. Essa reparação, moral e às vezes material, será avaliada na proporção do dano causado e obriga em consciência” (Catecismo da Igreja Católica, 2.487).

O senhor está dizendo em sua paróquia que eu fui SUSPENSO de ORDEM por um bispo. Se eu te processar, o senhor levaria esses DOCUMENTOS ao Fórum de Anápolis e os entregaria ao Promotor e ao Juiz? O senhor tem certeza do que está falando? Estão também espalhando em sua paróquia que eu “consagro” as crianças ao demônio. O senhor consegue medir a gravidade de tal acusação?

Já recebi vários convites para trabalhar nessa Diocese, mas recusei todos (tenho todos os documentos guardados). Sinto NOJO da desunião, brigas, fofocas, calúnias, maledicências, ambição, falsidade, vazio e imoralidades entre vocês. O clero de Anápolis fede BABA... parece um grupo de MARIOLAS: “Triste ecumenismo esse que anda na boca de católicos que maltratam outros católicos!” (São Josemaría Escrivá, Sulco, 364), e o mesmo santo escreve: “Ainda que pareça um paradoxo, não raro sucede que, aqueles que se chamam a si próprios filhos da Igreja, são precisamente os que maior confusão semeiam” (Sulco, 360).

Estimado sacerdote, São João Crisóstomo que morreu no ano 407 escreveu: “O sacerdote deve temer mais os que lhe estão próximos, inclusive os colegas de cargo” (O Sacerdócio, Livro 3º, 14).

Quem vê o senhor tão desocupado, caluniando e fofocando, pode até pensar que a sua paróquia é um “ninho” de santidade; mas não é assim, porque os protestantes estão tomando conta de tudo... e dizem que a igreja matriz está vazia.

Prezado, por que será que tantos sacerdotes novos da Diocese de Anápolis estão abandonando o ministério? Quem sabe é “fruto” da “união” entre vocês?

Onde estão os Padres José do Prado Viera Júnior (ordenado em 2008), Laudyson de Souza Carneiro (ordenado em 2008), Marcos Flávio Costa Oliveira (ordenado em 2010) e muitos outros? Já abandonaram o ministério?

E você? Será que vai perseverar até o fim? Se for medir pela língua terá vida longa.

Rezo por você! Muitos padres vão se desmoronar nessa Diocese... muitos já desmoronaram. Que o Deus Eterno o ajude a perseverar.

Muitos cairão... pode ter certeza... muitos cairão... já estão balançando... balançando perigosamente. Cuidado para não desequilibrar!

Fuja do modernismo! Medite com frequência sobre os Novíssimos do homem (morte, juízo, inferno e céu) e reze o Santo Rosário todos os dias.

Reze muito, confesse com frequência, celebre piedosamente a Santa Missa, não dance no altar e leia livros piedosos (A selva, escrito por Santo Afonso Maria de Ligório, e O sacerdócio, escrito por São João Crisóstomo).

Prezado, viva no Calvário com Jesus Cristo... jamais busque uma vida longe da cruz... seja fiel a Deus até o último suspiro: “O soldado prova sua fidelidade no combate e não no repouso. Esta terra é para nós um lugar de combate onde cada um de nós é colocado para lutar até a vitória e para se salvar. E, se não vencer, estará eternamente perdido” (Santo Afonso Maria de Ligório).

Jamais deixarei de trabalhar para a glória de Deus e pelo bem das almas por causa das línguas malignas dos sacerdotes dessa Diocese: “A inveja excita sentimentos de ódio: corre-se o risco de odiar aqueles de que se tem inveja ou ciúme, e, por consequência, de falar mal deles, de os desacreditar, caluniar ou de lhes desejar mal” (Ad Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 849, B,a), e: “A calúnia, às vezes, causa um mal aos que a padecem... Mas a quem verdadeiramente desonra é aos que a lançam e difundem..., e depois carregam esse peso no fundo da alma” (São Josemaría Escrivá, Sulco, 591).

Caso, seja necessário, nos encontraremos no Fórum de Anápolis-GO... vá preparando a DOCUMENTAÇÃO, porque eles não aceitam DISSE ME DISSE.

Respeitosamente,

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.