QUEDAS FREQUENTES

(Is 30, 1)

 

“Ai dos filhos rebeldes... que acumulam pecado sobre pecado!”

 

O homem a tudo se habitua. Entre todos os hábitos, porém, que ele contrai, é o hábito de pecar o mais perigoso, o mais funesto e o mais lamentável.

O hábito de pecar obtém-se pela frequente repetição dos atos pecaminosos. A recaída amiudada no pecado faz que, passado algum tempo, já não cause estranheza o cometê-lo.

Que sucede então? Sucede que os intervalos entre pecado e pecado se tornam cada vez mais curtos, e que, se antes pecavas de mês em mês, breve pecarás de semana em semana, e acabarás por pecar de dia em dia e talvez de hora em hora!

Chegado a este ponto, tens contraído o hábito de pecar! Começarás então a ter o pecado como uma coisa indispensável à vida, e ainda jovem poderás chegar a ser veterano na maldade!

Que estado triste! Contraído o hábito de pecar, o homem sente-se abalado em todas as suas faculdades. – O entendimento começa a toldar-se, e pode ir tão longe a sua cegueira, que já não chegue a distinguir entre o bem e o mal, entre o vício e a virtude. – A vontade torna-se lânguida e remissa em impor silêncio à revolta das paixões. A voz da consciência começa a não se ouvir e o aguilhão do remorso já não o sente a alma calejada e endurecida no vício!

A alma, que no corpo devia ser a senhora e rainha, faz-se escrava dele, entregando-lhe a coroa e o cetro, para cegamente obedecer a seus apetites. Ao menor aceno da paixão, a alma cede sem opor a menor resistência.

Que estado esse indigno de um ser racional, de um filho do Rei da Glória, de uma criatura que Deus fez à sua imagem! Andar tão unido ao pecado como a veste que se traz no corpo; viver tão atolado no vício como a esponja mergulhada no mar; beber o veneno da culpa como água; viver do pecado como do ar que se respira: - que estado lastimoso, que vida infeliz, que degradação e aviltamento da própria dignidade! “Vai em espírito àquele tempo em que começaste a pecar; pondera quanto tens aumentado e multiplicado os teus pecados de dia a dia, contra Deus e contra o próximo, por tuas obras, por tuas palavras, por teus pensamentos e por teus desejos. Considera tuas más inclinações e com que paixão tu as seguiste; com estas duas considerações, verás que teus pecados sobrepujam o número de teus cabelos e mesmo as areias do mar” (São Francisco de Sales).

O hábito de pecar destrói no homem a vida sobrenatural. A fé nas verdades eternas enfraquece, se não chegar a apagar-se de todo! Com ela vai também desaparecendo a esperança nos eternos bens da Glória. Com o amor de Deus acaba também o seu santo temor; e, quebrado este freio, não há força que detenha o homem na marcha acelerada para o abismo de sua perdição eterna!

Católico, é  preciso abandonar urgentemente o pecado, pedir perdão a Deus e mudar radicalmente de vida: Pede perdão de teus pecados e lança-te aos pés do Senhor, como o filho pródigo aos pés de seu pai; como Santa Maria Madalena aos pés do seu amantíssimo Salvador, como a mulher adúltera aos pés de Jesus, seu Juiz.

É preciso converter-se. Converter-se é, essencialmente, sair do estado de perdição, deixar o pecado.

Grande é a miséria do homem, quando nele se apaga a luz das verdades eternas, quando o seu coração se abre a todos os vícios, quando se esquece de Deus e da eternidade, para só pensar nos gozos da vida presente! “Ai da alma se lhe falta Cristo... Ai da alma, se seu Senhor, o Cristo, nela não habitar! Abandonada, encher-se-á com o mau cheiro das paixões, virará moradia dos vícios” (São Macário, Homilias).

Se esta é a tua vida, pensa que já não vives para o céu, mas para a terra, que deixaste a Deus pela criatura, o eterno pelo temporal, a beleza da virtude pela fealdade do vício!

Que vida tão mal gasta, passar o melhor tempo dela na devassidão do pecado, longe de Deus, como filho pródigo, que abandona a casa paterna para gastar o vigor dos anos na servidão do demônio, do mundo e da carne!

Que vida sem mérito! Passar um ano, dez anos, vinte anos crivado de feridas mortais, chagado dos pés à cabeça, como um leproso! Começar desde o alvorecer da razão a servir a um déspota, qual é Satanás, inimigo de Deus e do homem, para receber dele, como prêmio, a desventurada sorte dos réprobos!

Que vida infeliz! – Lembra-te da triste sorte de um preso, que, sepultado na escuridão de um cárcere, não tem a ventura de gozar um belo dia de sol. Pois crê que é pior o teu estado, se vives no hábito de pecar. Quem lançou sobre si esse negro manto de culpa e passa envolvido nele toda a vida, não sabe o que é um dia de paz com sua consciência, um dia iluminado pelos raios do sol da divina graça.

E já pensaste na gravidade de um tal estado? – Para saíres dele é preciso um milagre do poder de Deus, pois necessitas de quem te chame da morte à vida, de quem te abra a porta do sepulcro, onde vives há tantos anos encarcerado, para gozares de novo a liberdade dos filhos do Pai celeste.

Católico, não sei se te encontras neste estado. Mas se isso for verdade, é hoje o dia de saíres dele. É hoje o dia de sacudires e atirares para longe esses grilhões que te arrastam para o abismo infernal. É hoje o dia de te arrancares desse atoleiro, onde, se continuas por muito tempo, podes encontrar a tua perdição eterna! “Organizai vossa vida, procurai compreender a gravidade do pecado e a imensidão da bondade divina” (Santa Catarina de Sena).

Tudo está pedindo que despertes desse letargo, que rompas de vez com o mau hábito de pecar e que te ponhas no bom caminho.

Pede-o Deus, a quem estás roubando a glória que Lhe deves dar com o bom emprego das tuas faculdades; a quem está negando o amor do teu coração de que lhe és devedor e a que Ele só tem direito; a quem estás desobedecendo pela transgressão continuada de sua lei; de quem te estás separando, sendo Ele o teu último fim e o princípio de toda a tua felicidade!

Pede-o a tua alma, que foi criada para servir a Deus e não ao Demônio, para seguir os ditames da razão, e não os caprichos do corpo, para ser a rainha e não para andar de rastos na lama dos vícios. Restitui-lhe esse nobre senhorio por meio de um completo abandono de teus hábitos pecaminosos.

Pede-o enfim a tua salvação, que deves procurar como um bem próprio, pois a caridade, que deves a ti mesmo, te obriga a pôr-te em estado em que possas assegurar a felicidade eterna da tua alma: “A obra de minha salvação é, por conseguinte, o meu primeiro dever, enquanto tudo o mais não passa de bagatela e loucura” (São Pedro Julião Eymard).

Católico, o triste estado do surdo e mudo de que fala num trecho do Evangelho, é uma imagem da lastimável condição a que reduz ao homem o mau hábito de pecar, se teve a infelicidade de o contrair. Somos todos pecadores; todos cometemos pecados, e ainda pecaremos apesar dos bons propósitos que fazemos. Mas, “se pecar é próprio do homem, perseverar no pecado é do demônio” (São Bernardo de Claraval). Persevera diabolicamente no pecado quem peca sem opor alguma resistência interna. Persevera diabolicamente no pecado quem peca com espontaneidade, com plena satisfação do intelecto e da vontade, sem algum remorso, sem algum pudor, gabando-se ainda como de uma coisa licita e honesta, burlando assim a lei de Deus e rindo-se daqueles que a observam. Para quem a tal ponto chegou, o pecado já se tornou segunda natureza; porque a natureza humana, embora decaída pela culpa original, conserva em si os princípios da lei eterna, e sente repugnância pelo pecado. Esta segunda natureza que no pecador se forma, e com o pecado o identifica, é uma natureza diabólica, porque não há coisa mais natural ao Demônio senão o pecado, e esta natureza diabólica é o hábito do pecado. Ao consuetudinário pode-se aplicar as palavras do Salmo 108, 18 que diz: “Ele tomou a maldição como uma vestimenta, e esta maldição penetra como água nas suas entranhas, como azeite nos seus ossos”. Quem se habitua ao pecado, obstina-se no mal como os demônios e os condenados do inferno. Seu caso é verdadeiramente desesperador, pois “trata-se de um mal incurável, para cuja debelação são impotentes os remédios mais vigorosos da misericórdia de Deus” (São João Crisóstomo). De nada valem práticas, exortações e castigos. Pelo contrário: o pecador se obstina cada vez mais no mal que pratica.

O hábito de pecar é uma horrenda desgraça, e para não correr perigo de o contrair, é preciso resistir ao princípio e resistir à inclinação para o pecado. Quem não pratica esta resistência logo no princípio, levará uma queda, tornará a cair, cairá muitas vezes e por fim não mais se levantará: “A inclinação é o princípio, o mau hábito é o fim. A inclinação nos prende e nos mete no cárcere; o mau hábito nos orgulha, tranca a porta, impossibilitando assim a nossa saída” (Santo Agostinho).

Quando as quedas já são frequentes, o mal já está bastante adiantado, mas por isso ainda não precisa ser considerado de todo incurável. A cura depende de duas coisas da parte do homem: de sua generosidade e de sua coragem; é preciso que conheça seu triste estado e trate de se conciliar com Deus. Não dê toda a culpa ao Demônio, mas a si próprio. “O demônio se alegra quando acusam a ele, e mesmo quer que o acusemos; pois ele tem gosto em ver que atiramos sobre ele toda a culpa para assim perdermos o mérito de uma humilde confissão” (Idem). O humilde reconhecimento da nossa culpa com a confissão sacramental e a recepção da Santa Comunhão rompe a cadeia infernal. Quem se levanta logo depois da queda, dá prova de haver pecado mais por fraqueza do que por maldade, e só Deus sabe se nestas almas mais desventuradas do que culpadas houve sempre toda a advertência do intelecto e a deliberação toda da vontade, elementos estes necessários para estatuir culpa grave.

Um outro princípio que pouco a pouco conduz ao mau hábito mortalmente pecar, é o estado de familiaridade com o pecado venial. A alma que se acostuma a cometer pecados veniais sem resistência alguma, perde o temor de Deus, perde a noção da ofensa de Deus que o pecado é. Continuando sempre a pecar, e pecar a sangue frio, embora venialmente, compromete cada vez mais sua resistência moral, e infalivelmente se encaminha para o pecado mortal. Uma vez cometido o pecado mortal, pode ser que a alma se sinta humilhada; pode ser também que este salutar sentimento lhe sobrevenha ainda mais tarde. De uma como de outra maneira experimentará então um profundo aborrecimento de si mesma. Pode acontecer também o contrário, que em vez do sentimento da confusão venha a predominar a soberba, aquela soberba, inimiga de tudo que seja humilhação, aquela soberba que é a raiz de toda a desgraça. Quem, pois, já adquiriu o hábito de pecar venialmente, bem depressa cairá em pecado mortal, e do pecado ocasional ao mau costume é apenas um passo.

Ao pecado pode-se aplicar o que o Espírito Santo diz do homem: Como os velhos conservam as qualidades adquiridas quando moços, assim no pecado venial do qual aquele tira sua origem. Do pecado venial obstinado e deliberado se vai direito ao pecado mortal obstinado e deliberado. Dai a necessidade de nos examinarmos seriamente para corrigirmo-nos da paixão dominante.

Quem despreza a graça de Deus se encontrará fraco na hora da morte.

Deus preveniu os pecadores que na hora da morte o procurarão e não o hão de achar (Jo 7, 34). Disse que então já não será tempo de misericórdia, mas sim de justa vingança (Dt 32,35). A razão nos ensina esta mesma verdade, porque, na hora da morte, o mundano se achará fraco de espírito, obscurecido e duro de coração pelos maus hábitos que contraiu; as tentações então manifestar-se-ão mais violentas, e ele, que em vida se acostumou a render-se e a deixar-se vencer, como resistirá naquele transe? Seria necessária uma graça extraordinária e poderosa para lhe transformar o coração. Mas será Deus obrigado a lha conceder? Ou talvez a mereceu pela vida desordenada que levou? E, no entanto, trata-se nessa ocasião da desdita ou da felicidade eterna.

Dirá, talvez, alguém: Já que Deus usou para comigo de tanta clemência no passado, espero que a terá também no futuro: “Eu, porém, lhe respondo: E por ter sido Deus tão misericordioso contigo, queres de novo ofendê-lo?” (Santo Afonso Maria de Ligório). Desse modo — diz São Paulo — desprezas a bondade e paciência de Deus. Ignoras que se o Senhor te suportou até agora, não foi para que continuasses a ofendê-Lo, senão para que te penitencies do mal que fizeste?  E se tu, fiado na divina misericórdia, não temes abusar dela, o Senhor te retirará: Se não vos converterdes… entesará o seu arco preparado (Sl 7,13). Minha é a vingança, e eu lhes darei a paga a seu tempo (Dt 32,35). Deus espera; mas, chegada a hora da justiça, já não espera e castiga então.

Deus aguarda o pecador a fim de que se emende (Is 19,18); mas, quando vê que o tempo concedido para o arrependimento dos pecados só serve para  multiplicá-los, vale-se desse mesmo tempo para empregar a justiça. De sorte que o próprio tempo concedido, a mesma misericórdia outorgada, servirão para que o castigo seja mais rigoroso e o abandono mais imediato: “Medicamos Babilônia e não há sanado. Abandonemo-la” (Jr 51,9). E como é que Deus nos abandona? Ou envia a morte ao pecador, que assim morre sem arrepender-se, ou o priva das graças abundantes e só lhe deixa a graça suficiente com que o pecador se poderia salvar, mas não se salva. Obcecada a mente, endurecido o coração, dominado por maus hábitos, a salvação lhe será moralmente impossível; e assim ficará, senão em absoluto, pelo menos moralmente abandonado: “Derrubar-lhe-ei o muro, e ficará exposta…” (Is 5,5).

Que castigo! Triste indício quando o dono rompe o cercado e deixa entrar na vinha os que quiserem, homens e animais: é prova de que a abandona. É o que faz Deus quando abandona uma alma: tira-lhe a sebe do temor, dos remorsos de consciência e a deixa nas trevas. Penetram, então, nela todos os monstros do vício (Sl 103, 20). O pecador, entregue a essa obscuridade, desprezará tudo: a graça divina, a glória, avisos, conselhos e censuras; escarnecerá até de sua própria condenação (Pr 18, 3).

Deus o deixará nesta vida sem castigo, e nisto consistirá seu maior castigo. “Compadeçamo-nos do ímpio… não aprenderá (jamais) justiça” (Is 26,10). Referindo-se a esse texto, diz São Bernardo de Claraval: “Não quero essa misericórdia mais terrível que a ira” (Serm. 42, in Ct). Terrível castigo, quando Deus deixa o pecador em seus pecados, e parece que nem lhe pede contas deles. Dir-se-á que já não se indigna contra ele (Ez 16,42) e que lhe permite gozar quanto neste mundo deseja. Desgraçados os pecadores que prosperam na vida mortal! É sinal de que Deus os reserva para aplicar-lhes sua justiça na vida eterna! Jeremias pergunta: “Por que o caminho dos ímpios passa em prosperidade?” (Jr 12,1). E responde em seguida: “Reúne-os como o rebanho destinado ao matadouro” (Jr 12,3). Não há, pois, maior castigo do que deixar Deus ao pecador amontoar pecados sobre pecados. Observa Belarmino: “Não existe castigo mais terrível do que o pecado tornar-se pena do pecado”. Fora melhor a  esse infeliz, que o Senhor o tivesse feito morrer após o primeiro pecado; porque, morrendo mais tarde, terá a padecer tantos infernos quantos foram os pecados cometidos.

Ótima prevenção contra o hábito do pecado mortal e venial é aquela de procurarmos o hábito da virtude contra a qual nos sentimos particularmente tentados.

A doçura e a mansidão darão à alma a serenidade e a calma necessárias na tempestade. A paciência nos dá o governo sobre nós mesmos. A obediência, afinal, nos dará a vitória completa.

Sem luta é impossível vencer os maus hábitos.

Se nos quisermos salvar, é mister que estejamos firmemente resolvidos a sofrer e a empregar constantemente violência sobre nós mesmos: “O caminho que conduz à vida é estreito” (Mt 7, 14).

O reino dos céus se alcança à viva força e só os que a empregam é que o arrebatam. Quem não fizer violência a si mesmo não se salvará. Isto é imprescindível, porque, se quisermos praticar o bem, teremos que lutar contra a nossa natureza rebelde. É particularmente necessário violentarmo-nos no princípio para extirpar os maus hábitos e adquirir os bons. Formado o bom costume, torna-se fácil e até doce a observância da lei divina.

O Senhor disse a Santa Brígida que, na prática das virtudes, os espinhos se mudam em rosas, quando, com valor e paciência, sofremos as primeiras dores desses espinhos. Atende, pois, a Jesus Cristo, que te diz como ao paralítico: “Vê que já estás curado, não peques doravante, para que não te suceda pior mal” (Jo 5,14). Pondera ainda São Bernardo de Claraval que, se por desgraça recaíres, tua ruína será pior que todas as tuas quedas precedentes. Ai daqueles, diz o Senhor, que seguem o caminho do céu e depois o abandonam! (Is 30,1) Serão punidos como rebeldes à luz (Jo 3, 20). O castigo desses infelizes que Deus favoreceu e iluminou com suas luzes e que, depois, lhe foram infiéis, é serem feridos de cegueira e morrerem assim nos seus pecados.

 

Exemplos:

 

1. São Francisco Xavier encontrou-se um dia com um português, conhecido seu, porém, pessoa de uma moralidade mais que duvidosa. “Como vai o Senhor?” perguntou o Santo. “Muito bem, obrigado”, foi a resposta. — “Muito bem, meu amigo, mas sua alma não vai nada bem”. Estas palavras impressionaram profundamente o homem, que não tardou a converter-se. — O mau hábito, o vicio, é uma doença grave da alma. A soberba é como uma loucura, a ira como uma febre, a avareza como a tuberculose e a desobediência como a paralisia da alma.

 

2) Nas nossas matas não raro, se vê árvores tão carregadas de trepadeiras e parasitas, que chegam a ser por elas asfixiadas. Tais árvores são imagens das almas viciadas. O vício, como um parasita estrangulador, priva a alma do ar e da luz, isto é, tira-lhe o livre exercício do intelecto e da vontade e o que pior é, corta-lhe por completo a comunicação com a graça divina.

 

3) Um santo ermitão, que morava à beira de um mato deu a um dos seus discípulos a ordem de arrancar três arvorezinhas de diversos tamanhos. O jovem pôs mãos à obra imediatamente. O primeiro pezinho, ele o arrancou com muita facilidade, porque era pequeno e com pouca raiz. Com o segundo a coisa já não era tão simples, porque era maior e tinha as raízes mais fundas e mais ramificadas. Foi preciso um companheiro lhe ajudar. A terceira árvore deu mais trabalho ainda, e só a custo de bastante suor e envidando toda a força os dois jovens conseguiram tirá-la da terra. Disse-lhes depois o ancião: O que experimentastes com as arvorezinhas, dá-se também com os vícios e maus hábitos. Combatendo-os logo no princípio é coisa  facílima deles se livrar. Deixando-os se  desenvolver, o trabalho já é mais penoso. Quase impossível é, e só com um auxílio especial de Deus se consegue erradicar um  vicio velho, largar um pecado inveterado e habituado.

 

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

Anápolis, 15 de fevereiro de 2009

 

 

Bibliografia

 

Bíblia Sagrada

Pe. Alexandrino Monteiro, Raios de Luz

São Francisco de Sales, Introdução à Vida Devota

Pe. João Batista Lehmann, Euntes... Praedicate!

São Pedro Julião Eymard, A Divina Eucaristia, Vol. 3

Santa Catarina de Sena, Cartas

São Macário, Homilias

Santo Afonso Maria de Ligório, Preparação para a morte

Pe. Bernhard Häring, A Lei de Cristo

 

 

 

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Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Quedas frequentes”

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