OS DOIS DISCÍPULOS DE EMAÚS
(Lc 24, 13- 35)
(Resumo)
Pe. Luiz Lima de Souza
Os dois discípulos, entristecidos,
conversavam sobre o que tinha acontecido com Nosso Senhor,
principalmente sobre a Sua morte no Calvário. Mesmo estando
envoltos na “nuvem escura” da tristeza, eles
não escolheram outro assunto durante a caminhada, mas
preferiram falar dos acontecimentos relacionados a Cristo
Jesus.
Muitas pessoas, quando estão passando por
provações, se esquecem completamente de Deus, de suas bocas
saem somente palavras de queixas e de pessimismo.
Sejamos fortes e perseverantes no caminho do
bem. Saibamos olhar para frente, mesmo quando tudo se
escurecer diante de nós: “A vida sempre foi semelhante
a uma viagem. Frequentemente também, nós caminhamos no mundo
cansados e aflitos por tantas desgraças; não raro também,
como os dois discípulos de Emaús, somos atormentados por
dúvidas de fé que nos tiram a luz da esperança futura, e nos
deixam presa das tentações” (Pe. João
Colombo).
Os discípulos de Emaús estavam tristes, mas
não desligados. Amavam a Cristo Jesus de coração, mas
duvidavam: “Vós, ó Senhor, aparecestes a dois
discípulos que ainda não criam em vós, mas falavam de vós
pelo caminho. Mas não vos destes a conhecer: quisestes
aparecer-lhes externamente aos olhos de seu coração. No
fundo de seu coração eles vos amavam, mas duvidavam.
Concedestes-lhes o benefício de vossa presença porque
falavam de vós; mas porque ainda duvidavam, ocultastes-lhes
vossas feições que vos teriam feito reconhecer...” (São
Gregório Magno, Homiliae in Evangelia 23, 1-3).
“Permanece conosco Senhor!” Sem
a sua doce presença, a nossa alma se tornaria escrava do
pecado: “Também a alma, sem a presença de seu Deus e
dos anjos que nela jubilavam, cobre-se com as trevas do
pecado” (São Macário).
“Permanece conosco Senhor!” Longe
de sua proteção, a nossa alma será estraçalhada pelas feras,
inimigas da salvação: “Ai da
alma, se nela não passeia Deus e com sua voz afugenta as
feras espirituais da maldade!” (São Macário).
“Permanece conosco Senhor!” Sem
a sua ajuda, a nossa alma naufragará em paixões
vergonhosas: “Ai da alma que não tiver em si o
verdadeiro piloto, o Cristo! Porque lançada na escuridão do
mar impetuoso e sacudida pelas ondas das paixões, jogada
pelos maus espíritos como em tempestade de inverno,
encontrará afinal a morte” (São Macário).
|