Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

29 de Fevereiro

 

Santo Osvaldo

 

Há dois santos que levam o nome de Osvaldo, ambos de origem inglesa: um foi rei, outro bispo. Por caminhos diversos chegaram à santidade, que é a vocação comum de todos os cristãos.

O mais antigo é Osvaldo o rei da Nortúmbria, na Inglaterra, do qual temos poucas notícias. A tradição o apresenta como rei sábio, piedoso, valoroso nas guerras empreendidas na defesa da pátria e da religião. Ele favoreceu a evangelização da Inglaterra iniciada cinqüenta anos antes pelo grande apóstolo Santo Agostinho.

Os reis da Idade Média identificavam a causa da pátria com a da religião cristã, da qual se consideravam promotores e tutores.

Enquanto estava empenhado em dura batalha contra inimigos que ameaçavam a pátria e a religião cristã, Osvaldo caiu morto em Masefield, a 5 de agosto de 642. O povo o brindou com o título de mártir.

O grande doutor da igreja, São Beda no século seguinte, em sua História da Igreja da Inglaterra, narra com orgulho as façanhas deste primeiro santo inglês.  

  Alias, Santo Osvaldo foi também o primeiro rei santo da Idade Média, abrindo uma série de gloriosos reis santos que na Idade Média tanto concorreram para formação dos nossos povos europeus, promovendo uma civilização marcadamente cristã.

 Os numerosos reis e rainhas elevados à honra dos altares comprovam como a santidade é possível em todo estado de vida e é conciliável com todas as profissões. Aliás se, no dizer de São Paulo, toda autoridade vem de Deus, exercida com prudência, abnegação e fidelidade ao plano de Deus, deve necessariamente concorrer para a santificação dos homens que a detêm.

O outro Santo Osvaldo tornou-se arcebispo de York no fim do primeiro milênio. Ele era sobrinho de Santo Otão, arcebispo de Canterbury, que o encaminhou aos estudos superiores que Osvaldo assimilou com muita profundidade. Tendo abraçado o estado clerical, tornou-se cônego da catedral de Winchester. Aspirando, em seguida, a maior perfeição religiosa, abandonou confortos e benefícios, distribuiu seus bens aos pobres e rumou para a França, a fim de entrar na abadia beneditina de Fleury, onde passou vários anos na mais rígida disciplina monástica.

De volta para sua pátria, por ocasião da morte de seu santo tio, foi surpreendido com sua nomeação para bispo de Worcester, assumindo mais tarde também o governo da Diocese de York (961).

Dedicou-se com admirável zelo pastoral o governo das duas dioceses, preocupando-se sobretudo com a formação do clero.

Necessitando de maior número de sacerdotes para evangelização e instrução catequética dos fiéis, Osvaldo procurou na França monges beneditinos. Para isso construiu sete novos mosteiros aprimorados para formação de missionários em suas dioceses.

A história fala do santo bispo Osvaldo como um homem de grande zelo pastoral, de edificante generosidade para com os pobres, de trato dedicado e bondoso. Sua vida foi austera até à severidade, levando sua vida de bispo nos moldes da mais rígida disciplina monástica.

Osvaldo faleceu em 992, no dia 29 de fevereiro, e o povo lhe tributou logo o culto de veneração que a Igreja ratificou, inserindo Osvaldo no catálogo dos santos.