14 de novembro São Leopoldo da ÁustriaSão Leopoldo IV, cognominado o piedoso, descendente da casa da Áustria, nasceu em Melk no ano de 1073. A piedade dos pais comunicou-se ao filho, que desde a mais tenra idade revelou indubitáveis sinais de futura santidade. Como o piedoso Tobias do Antigo Testamento, os pais de Leopoldo implantaram no coração da criança os princípios do temor de Deus e da caridade. Apoiado assim pelo exemplo dos pais e pela oração, conservou-se Leopoldo, puro do contágio pestífero do mundo. Também quando, pela morte do pai, teve de assumir a responsabilidade do governo, ficou fiel aos mesmos princípios, de modo que aos súditos, como aos outros príncipes, podia servir de modelo de perfeição cristã. Para os súditos era Leopoldo um verdadeiro pai, que os governava com justiça e caridade, tendo diante dos olhos constantemente a grande responsabilidade perante Deus. Inês, a esposa de Leopoldo, rivalizava com ele em virtude e santidade. Inspirada por ela, Leopoldo fundou o célebre convento cisterciense de Neuburg, com o único fim de ter em seu reino uma Ordem religiosa, por ele sustentada, que pelas orações e obras de caridade atraísse a bênção de Deus sobre o governo e a nação inteira. Leopoldo governou durante 40 anos, com muita felicidade, e os súditos viviam em paz e boa ordem. Estimado por todos, venerado como Santo, deixou Leopoldo esta terra em 1136, para trocá-la pelo eterno reino da glória celestial. Numerosos milagres que se deram no túmulo revelaram o grande poder da sua intercessão junto ao trono de Deus. O Papa Inocêncio IV inseriu o nome de Leopoldo no catálogo dos Santos. REFLEXÕESSão Leopoldo fundava igrejas, conventos e escolas; defendia e protegia os ministros de Deus e os religiosos; dava-lhes meios suficientes de subsistência, para que pudessem tranqüilamente trabalhar no serviço de Deus e se santificar pela oração e pelas boas obras. – hoje são poucos os que pensam como São Leopoldo. Esmolas ou subvenções pedidas em benefício de conventos, igrejas e seminários, muitos julgam-nas mal empregadas. Em vez de acatar os sacerdotes e religiosos, tratam-nos desrespeitosamente acoimando-os de ociosos, de elementos inúteis e improdutíveis e até nocivos. Que dinheiro se empregasse na manutenção de hospitais, de escolas e asilos, mas não para sustentar uma classe que nada merece. Para que precisamos de sacerdotes, de frades, de freiras? Há outras necessidades, cuja existência reclama nosso socorro! – Quem não ouve nessas argumentações o eco da palavra amofinada, que um apóstolo proferiu por ocasião de um grande banquete em que o divino Mestre permitiu que uma mulher lhe ungisse a cabeça no nardos preciosos? “Para que esse desperdício, perguntou Judas; não se poderia vender o ungüento por trezentos dinheiros e dá-los aos pobres?” (Mc 14, Jo 12,4). Mas João qualificou muito bem o descontente apóstolo chamando-o de ladrão. “Não dizia isto porque tivesse amor aos pobres, mas porque era ladrão e guardava a bolsa.” Judas tem muitos imitadores no zelo de impedir que se faça um bem a Jesus Cristo na pessoa dos sacerdotes.
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