Instituto Missionário dos Filhos e Filhas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e das Dores de Maria Santíssima

 

 

Escolha o tema

 

 

41

 

ENCONTRO DA ALMA COM DEUS

 

28 de janeiro de 2002, segunda-feira

 

Hb 9, 27: “E como é um fato que os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento”.

Prezado católico, já meditamos vários dias sobre a morte, agora chegou a hora de meditarmos sobre o Juízo Particular, isto é, sobre aquele juízo que acontecerá para cada alma, imediatamente após a morte, como está em Hb 9, 27: “E como é um fato que os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento”, e o Cardeal John Henry Newman escreve: “Para cada um de nós há de chegar esse momento terrível em que compareceremos perante o dono da vinha para responder pelas obras que tivermos realizado na terra, boas ou más. Queridos irmãos, tereis de passar por isso. Cada um há de sofrer o seu juízo particular, e será o momento mais silencioso e terrível que jamais tereis podido experimentar. Será o tremendo instante da expectativa, em que o vosso destino eterno estará na balança e estareis a ponto de ser enviados para a companhia dos Santos ou para a dos demônios, sem que haja possibilidade de mudança. Não pode haver mudança; é impossível voltar atrás”.

Está claro, caríssimo católico, que o homem comparecerá diante do tribunal de Cristo logo após a sua morte, ninguém fugirá do Juízo Particular, santo e pecador, rico e pobre, culto e ignorante, etc., todos comparecerão diante do Divino Juiz, como está em 2Cor 5, 10: “Porquanto todos nós teremos de comparecer manifestamente perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba a retribuição do que tiver feito durante a sua vida no corpo, seja para o bem, seja para o mal”, e Deus que é justo juiz, dará a cada um segundo as suas obras, como está no Sl 61, 13: “E a ti, Senhor, pertence o amor; pois tu devolves a cada um conforme as suas obras”.

Seremos julgados logo após a nossa morte! E sobre que, e por quem? O juiz é Deus, e a matéria desse juízo serão as nossas ações, as nossas obras, na medida em que as ações humanas são resultado do que pensamos e queremos. E a pessoa será julgada no mesmo lugar em que falecer, como escreve Santo Afonso Maria de Ligório: “O juízo particular se efetua no mesmo instante em que o homem expira, que no próprio lugar onde a alma se separa do corpo é julgada por Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual não delega seu poder, mas vem ele mesmo julgar esta causa”.

Cada um será julgado sobre as ações e obras que praticou, isto é, sobre o bem que praticou, sobre o mal que fez, e sobre o bem que deixou de fazer. Tudo há de ser submetido a um exame rigoroso, como escreve São Gregório Magno: “Vede como pesa tudo o que fazeis a cada dia; quer queirais, quer não, cada vez mais vos aproximais do Juízo; o tempo não perdoa. Por que, pois, amar o que se há de abandonar? Por que não fazer caso do fim ao qual se há de chegar?”, e o mesmo Santo escreve: “Quando o juiz vier, exigirá de cada um de nós tanto quanto nos deu”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Encontro da alma com Deus”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

42

 

DIA SOLENE E TERRÍVEL

 

30 de janeiro de 2002, quarta-feira

 

Dn 7, 10: “O tribunal tomou assento e os livros foram abertos”.

 

Prezado católico, naquele dia solene e terrível, o do Juízo Particular, serão abertos os livros onde se inscrevem todos os atos humanos, bons e maus, como está em Jr 17, 1: “O pecado de Judá está escrito com um estilete de ferro; com uma ponta de diamante ele está gravado na pedra de seu coração e nas extremidades de seus altares”, em Ml 3, 16 diz: “Mas aqueles que temem a Deus dirão, um ao outro: Deus prestou atenção e ouviu. Foi escrito diante dele um livro memorial em favor daqueles que temem a Deus e pensam em seu Nome”, e no Sl 56, 9 diz: “Já contaste os meus passos de errante…”, em Lc 10, 20 diz: “… alegrai-vos, antes, porque vossos nomes estão inscritos nos céus”, e em Ap 20, 12 diz também: “Vi então os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e abriram-se livros. Também foi aberto outro livro, o da vida. Os mortos foram então julgados conforme sua conduta, a partir do que estava escrito nos livros”.

Nessa hora, aquele que viveu santamente aqui na terá ficará tranqüilo, porque viveu só para agradar a Deus.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Haverá dois livros: o Evangelho e a consciência. Naquele, ler-se-á o que o réu devia fazer; nesta, o que fez”. Na balança do Juízo Particular não pesará a sua riqueza, dignidade e a nobreza, mas somente suas obras, como está em Dn 5, 27: “Foste pesado na balança e achado demasiado leve”, é Daniel falando ao rei Baltazar. O Pe. Álvares comenta que “…não foram postos na balança o ouro e as riquezas, mas unicamente a pessoa do rei”.

É bom lembrar, católico, que na hora do juízo, aparecerão vários acusadores, isto mesmo, acusadores. O primeiro acusador será o demônio, esse terrível inimigo da nossa alma; diz Santo Agostinho: “O inimigo estará ante o tribunal de Cristo, e referirá as palavras de tua profissão. Recordar-nos-á tudo quanto temos feito, o dia e a hora em que pecamos”.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Referir as palavras de nossa profissão significa que apresentará todas as promessas que fizemos, que esquecemos e, por conseguinte, deixamos de cumprir. Denunciar-nos-á nossas faltas, designando os dias e as horas em que as cometemos. Depois dirá ao juiz: ‘Senhor, eu não sofri nada por este réu; mas ele Vos abandonou. Abandonou a Vós que destes a vida para salvá-lo e se fez meu escravo. É a mim que ele pertence…” É isso mesmo, o demônio estará ali na hora do juízo para te acusar, e dizer que a sua alma pertence a ele, porque durante a sua vida aqui na terra, você foi escravo dele e fez somente o que ele quis.

O segundo acusador será o nosso Anjo da Guarda, segundo Orígines “…darão testemunho dos anos em que procuraram a salvação do pecador, a despeito do desprezo deste a todas as inspirações e avisos”.

Católico, quantas vezes o teu anjo te avisou para você não pular carnaval, não ler revistas pornográficas, não usar roupas escandalosas, não beber, não ir na prostituição, não namorar escandalosamente, não xingar e responder os seus pais, não olhar novelas, etc., e você não quis seguir os seus conselhos. Você deve mudar enquanto é tempo, porque ele vai te acusar na hora do juízo.

Prezado católico, até as pedras que viram o réu pecar, tornar-se-ão acusadoras, como está em Hab 2, 11: “Sim, da parede a pedra gritará, e do madeiramento as vigas responderão”. E outra acusadora será a própria consciência, como está em Rm 2, 15-16: “Eles mostram a obra da lei gravada em seus corações, dando disto testemunho sua consciência e seus pensamentos que alternadamente se acusam ou defendem… no dia em que Deus – segundo o meu evangelho – julgará, por Cristo Jesus, as ações ocultas dos homens”.

São Bernardo de Claraval diz que os pecados clamarão, dizendo: “Tu nos fizeste; somos tuas obras, e não te abandonaremos”. E São João Crisóstomo escreve: “Os cravos se queixarão de ti; as cicatrizes contra ti falarão; a cruz clamará contra ti”, isto mesmo, as chagas de Jesus Cristo serão também acusadoras.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Dia solene e terrível”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

43

 

TERRÍVEL EXAME

 

31 de janeiro de 2002, quinta-feira

 

Sf 1, 12: “E acontecerá, naquele tempo, que eu esquadrinharei Jerusalém com lanternas”.

Prezado católico, depois das acusações do demônio, do anjo da guarda, das pedras, da consciência, da queixa dos cravos, das cicatrizes de Cristo e da cruz; passar-se-á ao exame. Escreve Mendoza: “A luz da lâmpada penetra todos os recantos da casa”. Cornélio afirma “…que Deus apresentará ao réu os exemplos dos Santos, todas luzes e inspirações com que o favoreceu, todos os anos de vida que lhe concedeu para que os empregasse na prática do bem”.

Naquela hora terrível, a hora do exame, o católico tentará se desculpar, dizendo que era fraco e que estava muito difícil de vencer as dificuldades; mas Deus lhe dirá: os santos também passaram pelas mesmas provações, tentações e dificuldades, e no entanto venceram, porque lutaram com fervor e coragem e não desistiram, porque você não fez o mesmo?

Católico, Santo Anselmo diz: “Até de cada olhar tens que dar conta”. Você que gosta de olhar para as mulheres que usam roupas imorais, terá que prestar contas terríveis para Deus.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Assim como se purifica e aquilata o ouro, separando-o das escórias, assim se aquilatarão e examinarão as confissões, comunhões e outras boas obras”, e em Ml 3, 3 diz: “E se assentará aquele que funde e que purifica; ele purificará os filhos de Levi e os acrisolará como ouro e prata, e eles se tornarão para Deus aqueles que apresentam uma oferenda conforme a justiça”.

Católico, não brinque com a sua salvação, o exame será terrível, e como diz em 1 Pd 4, 18: “Se o justo com dificuldade consegue salvar-se, em que situação ficará o ímpio e pecador?”.

Se se deve dar conta de toda palavra ociosa, que contas se darão de tantos pensamentos maus, de tantas palavras impuras?

Santo Afonso Maria de Ligório escreve: “Para que a alma consiga a salvação eterna, o juízo há de patentear que a vida dessa alma fora conforme a vida de Cristo”. Por isso que em Ef 5, 1 diz: “Tornai-vos, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”.

O que dirá você a Deus quando Ele se levantar para te julgar? E quando o Juiz perguntar sobre a sua vida, o que você responderá?

Repreendendo Filipe II um de seus criados, que o tinha enganado, disse-lhe apenas estas palavras: É assim que me enganas?… Aquele infeliz, ao voltar à sua casa, morreu de pesar. Que fará pois, e que responderá o pecador a Jesus Cristo, seu juiz? Fará como aquele homem do Evangelho, que se apresentou ao banquete sem a veste nupcial. Não soube o que responder e calou-se (Cfr. Mt 22, 12). O Sl 106, 42 diz: “As próprias culpas lhe fecharam a boca” . E São Basílio Magno diz: “A vergonha será então para o pecador maior tormento que as chamas infernais”.

Prezado católico, depois das acusações do demônio, do anjo da guarda, das pedras, etc, depois do exame rigoroso do Divino Juiz, finalmente Ele pronunciará a sentença: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno! Mt 25, 41, e Dionísio exclama: “Quão terrível ressoará aquele trovão”, e Santo Anselmo diz: “Quem não treme à consideração dessa horrenda sentença, não está dormindo, mas morto”, e Santo Eusébio acrescenta: “Será tão grande o terror dos pecadores ao ouvir a sua condenação, que se não fossem já imortais morreriam de novo”, e São Tomás de Vilanova escreve: “Já não será tempo de suplicar, já não haverá intercessores a quem recorrer. A quem, efetivamente, hão de recorrer?… Porventura, a seu Deus a quem desprezaram?”

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Terrível exame”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

44

 

CESSAI DE PRATICAR O MAL

 

04 de fevereiro de 2002, segunda-feira

 

Is 1, 16: “Lavai-vos, purificai-vos! Tirai da minha vista as vossas más ações! Cessai de praticar o mal”.

 

Prezado católico, infelizmente está chegando a festa do carnaval, a festa do demônio, a festa das trevas. Tempo em que o homem se nivela aos seres brutos, e ofende a Deus com as suas ações pecaminosas a ponto do próprio Deus dizer-lhe: “Tirai da minha vista as vossas más ações! Cessai de praticar o mal” (Is 1, 16).

O carnaval é tempo de podridão, é tempo dos espetáculos profanos, dos bailes de mascarados, que usam máscaras para cobrirem o rosto, porque assim, poderão cometer todo tipo de crimes e de pecados. Se escondem por detrás de uma máscara, com a intenção de não serem reconhecidos pelas pessoas, mas de Deus, não esconderão: “Do céu Deus contempla e vê todos os filhos de Adão” (Sl 33, 13), e em Eclo 15, 19 diz: “… ele conhece todas as obras do homem”. É tempo das danças e das orgias que se multiplicam nas vésperas da Quaresma, principalmente nos três dias antes de quarta-feira de Cinzas.

Carnaval é tempo de perder tempo. De exagerar as despesas, de fazer da barriga seu “deus”, como está em Fl 3, 19: “… Seu deus é o ventre”, fingir que está alegre, porque a alegria não está no sexo antes do casamento, na bebida, no barulho, etc. Carnaval é tempo de encher a alma com imagens e pensamentos indecentes, avivar o fogo das paixões, atirar-se de caso pensado aos maiores perigos; não será isto, católico. diretamente oposto ao Cristianismo, que prescreve o bom uso do tempo, prudente economia, a temperança , a vigilância nos sentidos, a mortificação das paixões, a fuga dos perigos? Deixam após si estes dias de pecados tantas vítimas de impureza; quantas moças perdem a virgindade nesse tempo, quantos adultérios são cometidos, quantos casais se separam , quantos abortos são provocados nesses dias, quantas revistas pornográficas são vendidas, sem falar das roupas imorais. Essa festa do demônio deixa muitas vitimas da embriaguez, das drogas, tantas famílias na vergonha e na miséria!

Algumas pessoas dizem que estão apenas se divertindo, e que isso não é nenhum mal. Não digam que não fazem mal. Será pouco mal esbanjar tempo e dinheiro, estragar a saúde, expor a honra, a inocência, a perigos onde tantas vezes naufragam? Não se desculpem com a necessidade de descanso; estarão porventura bem descansados no dia seguinte? Serão descansos divertimentos que arruínam a saúde do corpo e da alma?

Fugi, caríssimo católico, fugi de tão perigosos passatempos. Seja vosso gosto trabalhar, combater, sofrer com Jesus Cristo, neste mundo, para, com Ele gozar eternamente no céu. Quem pula carnaval grita: solta Barrabás e crucifica Jesus Cristo.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Cessai de praticar o mal”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

45

 

SEDE LUZ

 

05 de fevereiro de 2002, terça-feira

 

Fl 4, 8: “Finalmente, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, honroso, virtuoso ou que de qualquer modo mereça louvor”.

Prezado católico, você é chamado a ser luz: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 14), você é chamado a ser sal da terra: “Vós sois o sal da terra” (Mt 5, 13), você é chamado à santidade de vida, como está em Mt 5, 48: “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”, e é chamado a imitar a Deus: “Tornai-vos, pois, imitadores de Deus…” (Ef 5, 1).

O carnaval, caríssimo católico, é o oposto; o carnaval é contra o Evangelho, ele é um mostro que persegue furiosamente as almas.

 Os pais que levam os seus filhos no carnaval cometem um crime. Aquelas mães da Síria que lançavam as suas crianças na boca inflamada do deus Baal, no dia do juízo obterão mais misericórdia do que estas mulheres cristãs, que lançam seus filhos na boca ardente do fogo eterno.

O carnaval nos torna inimigos de Deus, amigos do demônio; nos lança na desgraça, nos fecha a porta do Paraíso, e nos escancara a porta do inferno.

Quanto às máscaras: a primeira pessoa, neste mundo, a mascarar-se foi Satanás, quando se disfarçou sob a forma de serpente, para arruinar Eva e todos nós que viemos depois. E está claro que aquele que pula carnaval é amigo do demônio, porque peca sabendo, comete um grande erro sabendo: “Aquele que comete o pecado é do diabo” (1Jo 3, 8).

A Palavra de Deus em Fl 4, 8 diz: “…ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro”, e o carnaval é um mar de falsidade, rio de mentira e ilusão. “…ocupai-vos com tudo o que é… nobre”, e o carnaval é a festa da baixeza, da indignidade e da vileza. “…ocupai-vos com tudo o que é…justo”, e o carnaval é a festa da injustiça e da maldade. “…ocupai-vos com tudo o que é… puro”, e o carnaval é a festa da impureza e da imoralidade. “…ocupai-vos com tudo o que é… amável”, e o carnaval é a festa do ódio, das brigas, dos assassinatos e das rixas. “…ocupai-vos com tudo o que é… honroso”, e o carnaval é a festa da desonestidade”. “…ocupai-vos com tudo que é … virtuoso”, e o carnaval é a festa impiedade e da crueldade.

Está claro que o carnaval é totalmente contra a Doutrina de Cristo Jesus. O carnaval é a festa da libertinagem e não da liberdade. Ser livre é pertencer de corpo e alma a Cristo, é fazer somente aquilo que agrada a Nosso Senhor, como está em 1 Pd 2, 16-17: “Comportai-vos como homens livres, não usando a liberdade como cobertura para o mal, mas como servos de Deus. Honra a todos, amai os irmãos, temei a Deus, tributai honra ao rei”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Sede luz”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

46

 

CARNAVAL: GRANDE BABILÔNIA

 

06 de fevereiro de 2002, quarta-feira

 

Jr 51, 6: “Fugi do meio da Babilônia (e salve cada um a sua vida)…”

 

Prezado católico, o carnaval é a grande Babilônia, que guerreia contra Deus e contra a Sua Santa Doutrina; que ensina aos homens o caminho do vício e do crime, como está em Jr 51, 7: “… ela embriagava a terra inteira; de seu vinho bebiam as nações, por isso se tornaram loucas”, e no Ap 18, 2-3 diz: “Tornem-se moradia de demônios, abrigo de todo tipo de espíritos impuros, abrigo de todo tipo de aves impuras e repelentes, porque ela embriagou as nações com o vinho do furor da sua prostituição; com ela se prostituíram os reis da terra, e os mercadores da terra se enriqueceram graças ao seu luxo desenfreado”.

Caríssimo católico, a Palavra de Deus manda você fugir de tudo aquilo que O ofende, e também das pessoas que não Lhe obedecem, como está em Jr 51, 6: “Fugi do meio da Babilônia (e salve cada um a sua vida)…”, e em Pr 1, 10 diz: “Meu filho, se pecadores quiserem te seduzir, não consintas!” E Tobit disse ao seu filho Tobias: “Meu filho, lembra-te do Senhor todos os dias e não queiras pecar nem transgredir seus mandamentos” (Tb 4,5).

O carnaval é tempo de pecado, tempo em que o demônio faz a sua colheita, colocando milhares de almas no caminho da perdição. O demônio lança a rede, mas você é livre para decidir, ele não pode te obrigar a pecar: “Os demônios não podem tentar “diretamente”, ou seja, não podem compelir a vontade do homem a ceder, a pecar, mas só “indiretamente”, isto é, fazendo algo que incite a vontade humana ao pecado “ (Bem-aventurado José Allamano).

Prezado católico, é preciso imitar o exemplo dos santos, daquelas pessoas que levaram Deus e o Evangelho a sério.

Vejamos a atitude ou comportamento dos santos durante o carnaval, a festa do demônio.

Os santos desagravavam e consolavam o Coração de Jesus tão ofendido, durante o tempo do carnaval. Eles faziam penitência, rezavam com mais fervor e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o Amado Senhor.

— Santa Maria Madalena de Pazzi passava noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus o Sangue de Jesus Cristo pelo pobres pecadores.

— O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas.

— São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias.

— São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os santuários e exercícios de devoção.

— São Francisco de Sales exortava o povo a comungar com freqüência durante o carnaval, para consolar a Nosso Senhor.

— São Vicente de Paulo mandou que seus religiosos fizessem penitência durante o carnaval.

— Santa Margarida Maria de Alacoque sofria muito durante esse tempo.

— São Caetano de Thiene morreu de desgosto ao ver Nosso Senhor tão ofendido.

E você, católico, qual é o seu comportamento durante o carnaval? Você ofende a Jesus Cristo ou consola-O?

Se o carnaval fosse uma coisa boa, como muitos andam dizendo; será que os santos teriam agido dessa forma? Claro que não! O carnaval é do demônio, por isso, é preciso rezar e fazer penitência.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Carnaval, grande Babilônia”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

47

 

CARNAVAL: FESTA SATÂNICA

 

07 de fevereiro de 2002, quinta-feira

 

1 Jo 2, 6: “Aquele que diz que permanece nele deve também andar como ele andou”.

Prezado católico, o carnaval é totalmente oposto aos ensinamentos e a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O cristão é chamado a identificar a sua vida com a de Cristo, como está em Ef 5, 1: “Tornai-vos, pois, imitadores de Deus, como filhos amados”, e São Próspero comenta: “Caminhar como Ele caminhou, que outra coisa é senão abandonar as comodidades que Ele abandonou, não temer as contrariedades que Ele suportou, ensinar o que Ele ensinou (…), continuar a fazer o bem também aos desagradecidos, orar pelos inimigos, ter misericórdia com os perversos, suportar com ânimo equânime os vaidosos e soberbos?” (De Vita Contemplativa, lib II, cap. 21).

Está claro que Jesus Cristo não aceita o carnaval, que Nosso Salvador é contra essa festa satânica. Ele sempre pregou a verdade, e tudo aquilo que Ele pregou se opõe ao carnaval.

Em Mt 5, 14 diz: “Vós sois a luz do mundo”. Nosso Senhor manda o católico ser luz, iluminar com o exemplo e com a vida de santidade. Manda ser luz em palavras e ações, na maneira de vestir e no pensamento.

Aquele que pula carnaval não é luz, e sim, trevas, porque trabalha para roubar de Cristo as almas que custaram o seu Sangue, são amigos do demônio que lutam contra o Reino de Jesus Cristo.

Santo Afonso Maria de Ligório escreve o seguinte sobre esses amigos do demônio que vivem nas trevas do pecado: “De tal modo perdem o juízo, que não somente se tornam insensatos, mas se reduzem à condição dos brutos; porque, vivendo como irracionais, sem considerar o que é o bem e o mal, seguem unicamente o instinto das afeições sensuais, entregam-se ao que lisonjeia a carne, sem pensar no que perdem, nem na ruína eterna que os ameaça”.

Em Mt 5, 48 diz: “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

Jesus Cristo nos convida a buscar a perfeição, a olhar para o alto, a procurar corajosamente a santidade de vida, colocando o Pai celeste como modelo a ser imitado.

O católico deve buscar continuamente as coisas do alto, como está em Cl 3, 1: “… procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus”, e na mesma Carta 3, 2 diz: “Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra”. O carnaval é uma dessas coisas da terra, ou melhor, é uma lama; e a pessoa que participa do carnaval não possui Deus no coração, como está em 1 Jo 2, 15: “Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai”.

Em Jo 8, 12 diz: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida”.

Cristo é a Luz do mundo, Luz que nos guia pelo caminho da salvação, pelo caminho da verdade, do céu.

O povo que pula carnaval está nas trevas do pecado, por isso, não consegue enxergar a luz. E aquele que segue a Cristo Jesus, e que segue os seus ensinamentos vive na luz e não envolve com as trevas do carnaval. São pessoas livres, porque seguem a Cristo, enquanto que os foliões são escravos do demônio; gritam pela liberdade, mas na verdade são escravos.

O carnaval ofende a Jesus Cristo. Santa Faustina Kowalska diz: “Nestes dois últimos dias de carnaval conheci um grande acúmulo de castigos e pecados. O Senhor deu-me a conhecer num instante os pecados do mundo inteiro cometidos nestes dias. Desfaleci de terror, e apesar de conhecer toda a profundeza da misericórdia divina, admirei-me que Deus permita que a humanidade exista”. E Santa Margarida Maria Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-se-me, após a santa comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo agora?”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Carnaval, festa satânica”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

48

 

FAZEI PENITÊNCIA

 

13 de fevereiro de 2002, quarta-feira de cinzas

 

1 Cor 9, 27: “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão…”.

 

Prezado católico, iniciamos hoje o tempo da quaresma, tempo de preparação para a Páscoa.

São Leão Magno diz que a Quaresma é:

“Tempo privilegiado para a prática da virtude”.

“Tempo de um serviço mais intenso do Senhor”.

“Tempo favorável à salvação”.

“Tempo propício para o treinamento nas virtudes”.

“Tempo de limpar e enfeitar a casa por dentro”.

“Tempo oportuno para um exame mais atento dos vícios, das doenças e das feridas para lhes aplicar remédio eficaz”.

“Tempo de preparar os caminhos do Senhor”.

O tempo da Quaresma é tempo privilegiado para a prática da penitência; mas deverá ser com amor e com fervor. É importante lembrar de que, depois da oração, o meio mais eficaz de purificar a alma de suas faltas passadas e até mesmo de a prevenir contra as faltas do futuro, é a penitência, como escreve o Bem-aventurado Josemaría Escrivá: “Enterra com a penitência, no fosso profundo que a tua humildade abrir, as tuas negligências, ofensas e pecados. – Assim enterra o lavrador, ao pé da árvore que os produziu, frutos apodrecidos, ramos secos e folhas caducas. E o que era estéril, melhor, o que era prejudicial, contribui eficazmente para uma nova fecundidade. Aprende a tirar das quedas, impulso; da morte, vida”.

Católico, é preciso fazer penitência, não só na quaresma, mas durante todo o ano. Em 1 Cor 9, 27 diz: “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão”. Enquanto estamos nesta vida, ninguém tem a perseverança final assegurada, como está no Concílio de Trento, Decreto De Instificatione, cap. 13: “Ninguém se prometa nada certo com certeza absoluta, ainda que todos devam colocar e pôr no auxílio de Deus a mais firme esperança. Porque Deus, se eles não faltam à Sua graça, como começou a obra boa, assim a acabará ‘operando o querer e o acabar’(Fl 2, 13)”. Nessa luta ascética que, por conseguinte, há de manter todo o homem, o Apóstolo assinala a necessidade da mortificação do próprio corpo e das suas más inclinações.

Em Lc 13, 3 diz: “… Se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”, isto é, prezado católico, se não fizermos penitência todos pereceremos. São João Maria Vianney escreve: “Tudo se compreende facilmente. Desde que o homem pecou, todos os seus sentidos se rebelaram contra a razão; por conseguinte, se quisermos que a carne esteja submetida ao espírito e à razão, é necessário mortificá-la; se quisermos que o corpo não faça a guerra à alma, é preciso castigá-lo a ele a todos os sentidos; se quisermos ir a Deus, é necessário mortificar a alma com todas as suas potências”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Fazei penitência”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

49

 

INFELIZ DAQUELE QUE DESPREZA A PENITÊNCIA

 

14 de fevereiro de 2002, quinta-feira

 

Lc 13, 3: “… Se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.

 

Prezado católico, Jesus Cristo fala abertamente sobre a necessidade da penitência, e aquele que não fizer penitência, certamente perecerá, não alcançará a salvação eterna.

O que é a penitência? “É uma virtude sobrenatural, anexa à justiça, que inclina o pecador a detestar o seu pecado, por ser uma ofensa cometida contra Deus, e a tomar a firme resolução de o evitar para o futuro e de o reparar” (Tanquerey).

 Para o pecador, a penitência é um ato de justiça; já que ele ofendeu ao Seu Criador e violou os seus direitos, tem obrigação de reparar esse ultraje, e é pela penitência que ele pode reparar essa ofensa e violação.

Existem três espécies de penitência:

a) As penitências relativas ao cumprimento dos próprios deveres;

b) As penitências que a Providência nos envia (doenças, humilhações e, enfim, a morte);

c) As voluntárias, especialmente às sextas-feiras.

Você que ama a Jesus Cristo de verdade, e que deseja agradá-Lo, faça penitência voluntária todos os dias, e tenho certeza, de que você fará progresso na vida espiritual.

Citarei algumas penitências voluntárias que você poderá praticar, e assim, agradar a Nosso Senhor Jesus Cristo.

1. Renunciar frutas aos sábados.

2. Não comer carne às sextas-feiras.

3. Rezar uma dezena do Santo Terço ajoelhado sobre grãos de milho, arroz ou feijão.

4. Renunciar doce durante a quaresma.

5. Não tomar sorvete quando estiver com vontade.

6. Andar com um bombom no bolso, e come-lo só depois de quinze dias.

7. Quando a sede apertar, prolongar por mais 15 minutos.

8. Para o vaidoso: andar com o pente no bolso e não pentear o cabelo com freqüência, e andar com o espelho no bolso, mas não usa-lo.

9. No tempo do frio, ficar uma hora sem o agasalho.

10. Durante o calor não usar ventilador por três horas.

11. Colocar uma pedrinha no sapato durante uma hora, não para machucar, e sim, para incomodar.

12. Quem não gosta de jiló e quiabo, comê-los ao menos uma vez por semana.

13. Renunciar um programa que gosta na televisão.

14. Ao invés de procurar um lugar macio para sentar-se, sente-se em uma cadeira dura.

15. Tomar banho na água fria ao menos uma vez por semana.

16. Tomar banho na água quente no tempo de calor.

17. Ir para o serviço uma vez por semana empurrando a bicicleta, quem a usa.

18. Dormir em tábuas pelo menos uma vez por semana.

19. Jejuar com mais rigor uma vez por semana.

20. Usar cilício ao menos uma vez por dia, etc.

Tudo isso agrada a Deus, por isso, deve ser feito com o máximo de amor.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Infeliz daquele que despreza a penitência”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

50

 

MORTIFICAI-VOS

 

18 de fevereiro de 2002, segunda-feira

 

Cl 3, 5: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos”.

 

Prezado católico, é preciso fazer penitência, e aquele que foge da mortificação, foge de um grande tesouro, porque a penitência é um meio preciosíssimo para o nosso crescimento espiritual, como escreve o Pe. Gabriel de Santa Maria Madalena: “O cristão não se mortifica, não renuncia a si mesmo apenas pelo gosto de renunciar e morrer, mas pela alegria de viver em Cristo, de realizar-se em plenitude, participando da ressurreição de seu Senhor”.

Católico, próximo a todo homem há um demônio, inimigo de Deus e nosso, e o dia inteiro o mesmo suscita pensamentos de ódio, desejos de coisas alheias e imaginações impuras. Há, pois, na vida, momentos em que a tentação é tão forte que quase nos faz desesperar. São aqueles maus momentos que São Francisco de Assis também experimentou quando, no inverno, se lançou na neve; são aqueles maus momentos que São Bento também experimentou, quando se lançou em cheio nos espinhos; são aqueles maus momentos que também experimentou Santa Catarina de Sena, quando exclamava: - Ó Senhor, mas onde estás? - são aqueles maus momentos em que o vento da tentação procura quebrar-nos como um caniço. Pois bem, recordemo-lo: sem oração e sem mortificação, é impossível resistir.

Vivemos num mundo onde o povo busca sempre uma vida fácil e longe da cruz, onde o corpo é “adorado” e a mortificação é desprezada; e assim, o mundo se torna cada vez mais paganizado.

É preciso fazer penitência! Alguém poderia perguntar: Por que devo fazer penitência? Devemos praticá-la por seis motivos:

1. Para evitar o Inferno: “Os atletas se abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; nós, porém, para ganhar uma coroa imperecível. Quanto a mim, é assim que corro, não ao incerto; é assim que pratico o pugilato, mas não como quem fere o ar. Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado” (1 Cor 9, 25-27).

2. Para evitar o Purgatório: “Nela jamais entrará algo de imundo” (Ap 21, 27).

3. Para merecer um bom lugar no céu: “Penso, com efeito, que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que deverá revelar-se em nós” (Rm 8, 18).

4. Para manifestar o nosso amor a Cristo: “E andai em amor, assim como Cristo também nos amou e se entregou por nós a Deus, como oferta e sacrifício de odor suave” (Ef 5, 2).

5. Para ajudar o próximo a alcançar a salvação eterna: “Assim como eu mesmo me esforço por agradar a todos em todas as coisas, não procurando os meus interesses pessoais, mas os do maior número, a fim de que sejam salvos” (1 Cor 10, 33).

6. Para viver na verdadeira paz também neste mundo: “Mas para os maus não há paz…” (Is 48, 22).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Mortificai-vos”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

51

 

O CAMINHO DO CÉU É ESTREITO

 

19 de fevereiro de 2002, terça-feira

 

Mt 7, 13: “Entrai pela porta estreita…”.

 

Prezado católico, Cristo nos convida a entrar pela porta estreita; isto é, a levar uma vida de penitência e de mortificação, a deixar o comodismo e a vida fácil.

Os santos, amigos de Cristo, entraram pela porta estreita e percorreram o caminho apertado. Citarei o exemplo de alguns santos sobre a penitência.

 

1. São Paulo Apóstolo:

1 Cor 9, 27: “Trato duramente o meu corpo e reduzo-o à servidão, a fim de que não aconteça que, tendo proclamado a mensagem aos outros, venha eu mesmo a ser reprovado”.

Gl 2, 19-20: “Fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”.

2 Cor 11, 27: “Mais ainda: fadigas e duros trabalhos, numerosas vigílias, fome e sede, múltiplos jejuns, frio e nudez!”.

 

2. São Pedro de Alcântara:

Não usava calçado nem chapéu. Dormia mais ou menos duas horas na noite, sentado em uma cadeira ou deitado no chão. Sua alimentação era a mais parca possível e jejuava constantemente.

 

3. São João Maria Vianney:

São Cura d’Ars comia quase somente batatas, que ele cozinhava na segunda e comia até no domingo.

Flagelava-se até derramar o próprio sangue pela conversão de seus paroquianos.

Ficava horas e horas de joelhos na igreja, rezando pelos seus paroquianos.

 

4. Santa Rosa de Lima:

No seu quarto, costumava levar na cabeça uma coroa de espinhos, a fim de ter sempre presente a lembrança da Sagrada Paixão de Cristo Nosso Senhor.

Ela era linda, e para não pecar por vaidade, passava pó de pimenta-do-reino no rosto.

 

5. Santa Edviges:

Durante a semana comia apenas pão e um pouco de verdura, e somente no domingo aceitava outro tipo de comida. Dormia pouco e no chão e usava o cilício com freqüência.

Faleceu consumida pela penitencia.

 

6. São Francisco de Paulo:

Numa gruta solitária, levava uma vida de duras penitências. Alimentava-se de raízes e frutas silvestres.

 

7. São Luis Gonzaga:

Como preservação de sua pureza e sua vida interior contra as seduções, praticava uma penitência rigorosa, disciplinando-se três vezes por semana até derramar sangue.

 

Católico, citei somente esses exemplos por falta de tempo, mas digo-lhes que todos os santos fizeram penitência e viveram mortificados, todos entraram pela porta estreita; cabe a nós imitar esses amigos íntimos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

É um crime dizer que devemos apenas admirar as penitências dos santos e não imitá-los; é claro que existem muitas penitências que estão ao nosso alcance.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “O caminho do céu é estreito”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

52

 

EDUQUE O FILHO ENQUANTO HÁ TEMPO

 

20 de fevereiro de 2002, quarta-feira

 

Pr 19, 18: “Corrige o teu filho enquanto há esperança”.

 

Prezado católico, a Palavra de Deus é rigorosa também quando se trata da educação dos filhos, como está em Pr 19, 18: “Corrige o teu filho enquanto há esperança”.

O casal precisa educar o filho desde criança, mostrar-lhe o que é certo e agradável a Deus, dizendo-lhe também aquilo que é errado e que O ofende; isto é, indicar-lhe o caminho certo, como está em Pr 22, 6: “Ensina a criança no caminho que deve andar…”, alguns compreendem: “… desde seus primeiros passos”.

 

Qual seria esse caminho?

 

1. O da religião. O casal tem o dever de levar o seu filho na igreja, rezar com ele, falar-lhe de Deus, de ler a Bíblia e vida dos santos com o seu filho; cuidar para que o filho faça a primeira comunhão e a crisma, que o filho vá à Santa Missa aos domingos, e quando puder, também durante a semana; que o mesmo aproxime com freqüência da confissão, etc.

Caríssimos pais, sem Deus é impossível educar os filhos. A criança que cresce longe de Deus, já na infância toma um rumo errado, isto é, entra no caminho da perdição.

No Decreto “Apostolicam Actuositatem”, n.º 30 diz: “É dever dos pais na família disporem os filhos, desde a meninice, a conhecerem o amor de Deus para com os homens todos; ensinarem-lhes pouco a pouco, sobretudo pelo exemplo, a solicitude pelas necessidades materiais e espirituais do próximo”.

 

2. O da disciplina. O casal não pode deixar o filho ficar sem um horário, isto é, não pode deixar o filho solto sem um regulamento a cumprir. Não é correto deixar uma criança livre, a seu bel-prazer, fazendo a sua própria vontade.

A Bíblia diz em Pr 29, 15: “… mas o jovem deixado a si mesmo envergonha sua mãe”.

A criança que não tem um horário cresce sem responsabilidade e não amadurece para a vida: Levanta quando quer, come fora de horário, fica na televisão horas e horas, não faz nenhum trabalho e fica mais na rua e na casa dos amigos do que na própria casa.

 

3. O caminho da correção. O casal tem o dever de corrigir o filho, não é correto ficar calado diante das artes de uma criança; em Pr 29, 17 diz: “Corrige o teu filho, e ele te dará descanso, trará delícias para ti”.

É preciso acabar com a birra e com a pirraça da criança; caso não a corrija, com certeza a mesma será um tormento para a família no futuro. Em Pr 22, 15 diz: “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela”.

O casal deve fazer o filho abaixar a cabeça e obedecer; não pode permitir que o mesmo aja com grosseria, e muito menos com gritaria: “Aquele que educa seu filho terá nele motivo de satisfação e entre os conhecidos gloriar-se-á dele” (Eclo 30, 2).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Eduque o filho enquanto há tempo”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

53

 

FALSA EDUCAÇÃO

 

25 de fevereiro de 2002, segunda-feira

 

Eclo 30, 9: “Mima teu filho e ele te aterrorizará…”.

 

Prezado católico, o casal é deve educar seu filho na verdade e na disciplina, no rigor e também na caridade, mas nunca com mimo.

Não é correto tratar o filho com meiguice, com mimo e com delicadeza, como se o mesmo fosse um ursinho de pelúcia ou gelatina; essa maneira erra ajuda a criança a se tornar manhosa.

Em Eclo 30, 7 diz: “Aquele que mima o filho cuidará de suas feridas, e a cada grito suas entranhas se comoverão”. Essas feridas são as do próprio filho, porque a criança que não é educada, com o passar do tempo, se torna o horror da família, dando muito trabalho para o casal: com brigas, drogas, roubos, prostituição, etc, e pode ser também as feridas do próprio casal, que sofrerá muito com as atitudes ingratas de um filho rebelde e atrevido.

Em muitas famílias, existem meninos que são tratados com mimo, até parecem mocinhas, não fazem nenhum tipo de trabalho, não estudam, não rezam, etc., ficam encostados, até parecem uma vaquinha de presépio. E a menina que é mimada, parece manteiga derretida, com o passar do tempo, essas crianças, serão o terror da família, como está em Eclo 30, 9: “Mima teu filho e ele te aterrorizará”. A casa do casal não será mais aquele lugar de paz e de diálogo, e sim, de terror e de medo; aquele ‘anjinho’, que dormia no colo da ‘mamãezinha’ e do ‘papaizinho’, agora é um terror na família: Chega tarde da rua, com a cara cheia de pinga e de drogas, vive corrido da polícia, etc.; e o casal chora amargamente, porque tem que conviver com esse monstrinho fabricado por ele.

Católico, é preciso acordar enquanto é tempo, a Bíblia diz em Eclo 30, 8: “Um cavalo não domado torna-se intratável, um filho entregue a si mesmo torna-se atrevido”.

O casal que não educa o filho, tem dentro de casa um menino petulante, arrogante e atrevido.

É preciso levar a educação do filho a sério, não pode fazer corpo mole, nem agir com omissão, e muito menos dar-lhe a liberdade. O casal precisa agir com prudência em relação à amizade com o filho; ser amigo dele, mas uma amizade que vai ajudá-lo a crescer na responsabilidade e se amadurecer para a vida; mas, jamais relaxar na formação e nunca levá-la com brincadeira e mimo: “… brinca com ele e ele te entristecerá(Eclo 30, 9).

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Falsa educação”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

54

 

VERDADEIRA EDUCAÇÃO

 

26 de fevereiro de 2006, terça-feira

 

Eclo 30, 12: “Educa teu filho e forma-o bem…”.

 

Prezado católico, o casal precisa educar o filho para o bem, visando principalmente a formação espiritual. O pai deve ser o professor e o coração da mãe deve a sala de aula: “Porque deram vida aos filhos, contraem os pais o dever gravíssimo de educar a prole. Por isso, hão de considerar-se como seus primeiros e principais educadores. Essa tarefa educacional se revela de tanta importância, que onde quer que falhe dificilmente poderá ser suprida” (Declaração “Gavissimum Educationis”, n.º 3).

Está claro que o casal tem o dever grave de formar e educar os filhos, não é algo leve ou insignificante. E os primeiros e principais educadores, não são os vizinhos ou parentes, e sim, os pais. E se o casal falhar na educação, dificilmente conseguirá consertar essa falha.

Hoje, infelizmente, muitos homens casados empurram a formação somente para as esposas, dizendo que isso é coisa para mulher; esses homens são irresponsáveis e estão agindo erroneamente.

O casal deve trabalhar junto na educação do filho; o homem deve apoiar e ajudar a esposa, e ela deve fazer o mesmo.

A família é a imagem da Santíssima Trindade; Brieux escreve: “O pai, a mãe e o filho, vede que trindade sagrada! Aceitamos tudo, menos a sua desunião”.

A mãe representa o amor; o pai, a autoridade; e os dois participam dessa clarividência que é “… a companheira da força e do amor, e que eternamente os iluminas” (Dupanloup). Está claro que não pode existir divisão do casal em relação à educação do filho.

É ridículo quando o pai dá uma ordem ou uma punição para o filho, e a mãe não concorda. Essa família com certeza está se desmoronando, mas desses escombros sairá um monstro que é o próprio filho.

O casal que educa o filho terá um futuro feliz, e o filho educado será o orgulho da família: “Aquele que educa seu filho terá nele motivo de satisfação e entre os conhecidos gloriar-se-á dele” (Eclo 30, 2), e: “O pai morre, é como se não morresse porque deixa depois de si alguém semelhante a ele” (Eclo 30, 3), e: “Corrige o teu filho, e ele te dará descanso, trará delícias para ti” (Pr 29, 17).

Está claro que o casal deve fazer o filho abaixar a cabeça, isto é, deve educá-lo para a vida, como está em Eclo 30, 12: “Obriga-o a curvar a espinha na sua juventude, bate-lhe nos flancos enquanto é menino”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Verdadeira educação”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

55

 

PAIS: BRILHEM COM O EXEMPLO

 

27 de fevereiro de 2002, quarta-feira

 

Ef 6, 4: “E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós…”.

 

Prezado católico, são vários os motivos que fazem um filho se revoltar contra os pais; falarei apenas dois:

 

1.       Não convencê-los com o exemplo

 

Muitos pais dão ordem o tempo todo para o filho, sobrecarregam-no de muitas obrigações e deveres, mas não fazem nada; como por exemplo:

a. Mandam o filho ir à igreja, mas eles próprios vão ao boteco ou ficam em casa olhando televisão.

b. Proíbem o filho de sair de casa, mas o ficam o tempo todo na rua ou nas casas dos vizinhos.

c. A mãe proíbe a filha de usar roupa escandalosa, mas ela anda pelada.

d. O pai proíbe o filho de beber de fumar, mas o mesmo não sai dos botecos e fuma o tempo todo.

e. O casal proíbe o filho de freqüentar bailes e carnaval, mas não perde um.

O filho acaba se revoltando diante de tamanha contradição, porque não vê o casal colocar em prática aquilo que exige; quer dizer, é um casal hipócrita. Santo Antônio de Pádua diz: “É viva a palavra quando são as obras que falam, cessem, peço, os discursos, falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras e por isto amaldiçoados pelo Senhor, porque ele amaldiçoou a figueira em que não encontrava frutos, apenas folhas”, e Santo Inácio de Antioquia escreve: “Melhor é calar-se e ser do que falar e não ser. Coisa boa é ensinar, se quem diz o faz”.

Existe casal que é ótimo conselheiro, dá conselho o tempo todo para o filho, mas não vive nada.

 

2. Gritaria e falta de respeito

 

A educação cristã há de basear-se, pois, na caridade, no carinho e no respeito delicado dos pais pela liberdade dos filhos; é importante lembrar que essa caridade, carinho e respeito, não tem nada a ver com mimo com relaxamento.

O Bem-aventurado Josemaría Escrivá diz: “Os pais são os principais educadores dos seus filhos, tanto no aspecto humano como no sobrenatural, e hão de sentir a responsabilidade dessa missão, que exige deles compreensão, prudência, saber ensinar e sobretudo saber amar; e que se preocupem por dar bom exemplo. A imposição autoritária e violenta não é caminho acertado para a educação. O ideal dos pais concretiza-se antes em tornarem-se amigos dos filhos: amigos a quem se confiam as inquietações, a quem se consulta nos problemas, de quem se espera uma ajuda eficaz e amável” (Cristo que passa, n.º 27).

O casal que grita com o filho e que o educa com violência, ao invés de ajudá-lo, o ofende e deixa-o revoltado.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Pais: brilhem com o exemplo”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

56

 

A VIÚVA DE NAIM

 

28 de fevereiro de 2002, quinta-feira

 

Lc 7, 11-17: “Ele foi em seguida a uma cidade chamada Naim. Seus discípulos e numerosa multidão caminhavam com ele. Ao se aproximar da porta da cidade, coincidiu que levavam a enterrar um morto, filho único de mãe viúva; e grande multidão da cidade estava com ela. O Senhor, ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe ‘Não chores! ’ Depois, aproximando-se, tocou o esquife, e os que o carregavam pararam. Disse ele, então: ‘Jovem, eu te ordeno, levanta-te! ’ E o morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: ‘Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo’. E essa notícia difundiu-se pela Judéia e por toda a redondeza”.

Prezado católico, podemos tirar várias mensagens para a nossa vida desse trecho do Evangelho de Lc 7, 11-17. A Bíblia é: “… lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho” (Sl 118, 105).

Meditemos versículo por versículo; é saboroso conhecer a Palavra de Deus: “Quando se apresentavam palavras tuas, eu as devorava: tuas palavras eram para mim contentamento e alegria de meu coração” (Jr 15, 16).

 

Lc 7, 11: “Ele foi em seguida a uma cidade chamada Naim. Seus discípulos e numerosa multidão caminhavam com ele”.

 

Caríssimo católico, em Lc 7, 11 mostra Nosso Senhor Jesus Cristo no trabalho apostolar, fala do incansável missionário entrando em mais uma cidade, a cidade de Naim. Jesus não pára, Ele é o missionário de fogo, que veio para salvar os homens e iluminar os que estavam nas trevas: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).

Em Mt 9, 35 diz: “Jesus percorria todas as cidades e povoados ensinando em suas sinagogas e pregando o Evangelho do Reino, enquanto curava toda sorte de doenças e enfermidades”.

Cristo nos ensina a trabalharmos para conquistar almas para o céu. O católico, batizado e crismado, tem o dever de imitar o exemplo de Nosso Senhor, e reservar um tempo para evangelizar, para levar Cristo às pessoas que vivem nas trevas do pecado, isto é, escravas do demônio.

A Igreja Católica pede que cada católico seja um missionário; na Carta Encíclica de João Paulo II, Redemptoris Missio, n.º 03 diz: “Nenhum crente, nenhuma instituição da Igreja pode esquivar-se deste dever supremo: anunciar Cristo a todos os povos”, e o mesmo, na visita ad limina Apostolorum 1995-1996, escreveu aos bispos do Brasil: “Deveis ser uma Igreja que procure as pessoas, que as convide não somente no chamado geral dos meios de comunicação, mas no convite pessoal, de casa em casa, de rua em rua, num trabalho permanente, respeitoso mas presente em todos os lugares e ambientes”.

Uma multidão acompanhava a Nosso Senhor, para ouvir de sua boca, palavras de conforto e de ânimo.

Cristo Jesus é luz que ilumina com palavras e exemplo, por isso, atraía multidões, como está em Mc 7, 37: “Ele tem feito tudo bem; faz tanto os surdos ouvirem como os mudos falarem”, em Mc 3, 7-8 diz: “Jesus retirou-se com os seus discípulos a caminho do mar, e uma grande multidão vinda da Galiléia o seguiu. E da Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, da Transjordânia, dos arredores de Tiro e de Sidônia, uma grande multidão, ao saber de tudo o que fazia, foi até ele”, e em Mc 12, 37 diz: “E a numerosa multidão o escutava com prazer!”.

O leigo deve ser exemplo, mas o padre ainda mais; somente assim ele estará cumprindo a sua missão, como está no Diretório para o ministério e a vida do presbítero, n.º 39: “O cuidado da vida espiritual deve ser considerado pelo sacerdote como um dever que infunde alegria e ainda com um direito dos fiéis que procuram nele, consciente ou inconscientemente, o homem de Deus, o conselheiro, o mediador de paz, o amigo fiel e prudente, o guia seguro em que as pessoas confiam nos momentos duros da vida para encontrar conforto e segurança”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “A viúva de Naim”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

57

 

VIÚVA DE NAIM

(continuação I)

 

04 de março de 2002, segunda-feira

 

 

Lc 7, 12-13: “Ao se aproximar da porta da cidade, coincidiu que levavam a enterrar um morto, filho único de mãe viúva; e grande multidão da cidade estava com ela. O Senhor, ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe ‘Não chores!".

Prezado católico, Jesus com o seu Coração cheio de Amor e de atenção, não ficou indiferente diante daquele acontecimento, isto é, do enterro do filho único de uma pobre viúva. Ele que veio para consolar os aflitos e dar força aos desesperados, parou e ficou comovido diante da dor da viúva.

Nosso Amado Senhor nos ensina a dar mais atenção para as pessoas que sofrem, e que precisam da nossa ajuda.

Nosso Senhor não age com indiferença, vê a angústia daquelas pessoas com quem e cruza; não espera que venham pedir-Lhe ajuda, Ele mesmo vai ao encontro delas.

É triste ver pessoas que se dizem católicas, que confessam e comungam, mas que estão com o coração mergulhado no egoísmo, não se preocupam com a dor do próximo, pelo contrário, fazem tudo para prejudicar aquele que sofre.

Jesus Cristo nos ensina a aproximarmos das pessoas para ajudá-las, e não ficarmos esperando que a pessoa venha nos pedir ajuda.

Nosso Senhor toma a iniciativa e aproxima da viúva que perdeu o seu único filho. Ele diz à viúva: “Não chores!” (Lc 7, 13). Quando pediu à viúva que não chorasse, foi o mesmo que dizer: “… não te quero ver desfeita em lágrimas, pois Eu vim trazer à terra a alegria e a paz” (Bem-aventurado Josemaría Escrivá).

Quando você estiver precisando de uma ajuda, nas horas de grandes dificuldades, não fique desesperado e não pense em cometer loucuras, aproxime de Jesus e Ele que é Deus, enxugará as suas lágrimas e o conforto.

O Coração de Jesus palpita de amor por você, e Ele quer somente o teu bem, como está em Mt 11, 28-30: “Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Você que está triste e choroso, porque perdeu um ente querido, aproxime de Nosso Senhor, e assim como Ele consolou a viúva de Naim, te consolará também.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Viúva de Naim”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

58

 

VIÚVA DE NAIM

(continuação II)

 

05 de março de 2002, terça-feira

 

Lc 7, 12-13: “Ao se aproximar da porta da cidade, coincidiu que levavam a enterrar um morto, filho único de mãe viúva; e grande multidão da cidade estava com ela. O Senhor, ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe ‘Não chores!".

Esse trecho mostra uma grande multidão acompanhando a viúva, mas na verdade, ninguém fez nada por ela; simplesmente a acompanhava como espectadores mudos. A Bíblia não fala se alguém foi consolá-la ou confortá-la; mas somente Cristo Jesus aproximou da mesma para confortá-la.

Isso mostra o quanto o povo é frio e indiferente. Quando você precisa de um apoio, acaba ficando sozinho, e todos te olham de longe; possuir um amigo verdadeiro é a coisa mais difícil: “Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro” (Eclo 6, 14).

Feliz da viúva que encontrou a Luz eterna, que encontrou a alegria verdadeira, o Deus poderoso. Ele transformou o seu pranto em alegria, o seu luto em festa e a sua dor em felicidade.

Prezado católico, Cristo é o Amigo Fiel, quem aproxima d’Ele não se arrependerá.

O Cônego Duarte Leopoldo diz: “Em sentido místico esta viúva é a Igreja, o filho é o pecador. Jesus o ressuscita para a vida da graça e o restitui de novo à sua Igreja. Mãe carinhosa, a Igreja se alegra muito mais ainda com a ressurreição de um filho pelo sacramento da Penitência, do que com o seu nascimento pelas águas do Batismo”.

É verdade, católico, a Igreja chora a morte de seu filho que está em pecado mortal; mas quando o mesmo se aproxima do confessionário, sai do “tumulo”, isto é, ressuscita.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Viúva de Naim”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

59

 

VIÚVA DE NAIM

(continuação III)

 

06 de março de 2002, quarta-feira

 

Lc 7, 14: “Depois, aproximando-se, tocou o esquife, e os que o carregavam pararam. Disse ele, então: ‘Jovem, eu te ordeno, levanta-te!”.

Prezado católico, Jesus Cristo faz tudo bem feito e completo, Ele não faz nada pela metade, como está em Mc 7, 37: “Ele tem feito tudo bem…” Ele consolou a viúva dizendo: “Não chores!” (Lc 7, 13), mas não ficou só nisso; Ele fez algo bem maior e mais esplendoroso. O Senhor da vida, aproximou do caixão onde estava o corpo do jovem, e o ressuscitou dizendo: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!”.

Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina a fazer a caridade completa e com o máximo de amor. Quem faz um favor ou uma caridade resmungando e de má vontade, certamente não agrada a Deus e não cresce espiritualmente.

Os que carregavam o caixão com o morto pararam; está claro que a presença de Cristo impõe respeito e confiança. Eles não estavam ali diante de uma criatura, e sim, diante do Deus Todo-poderoso e Senhor da vida.

Cristo Jesus disse para o morto: “Jovem, eu ordeno, levanta-te!”.

Quando uma pessoa está em pecado mortal, está morta espiritualmente; e quando se aproxima do confessionário, com o coração arrependido e faz uma boa confissão, na hora da absolvição, Cristo Jesus fala com amor e com carinho: “… eu te ordeno, levanta-te!” Antes estava morta pelo pecado, agora na graça santificante, está viva.

Quando você está triste, com o coração amargurado, Cristo que é alegria eterna, aproxima-se de você e diz: “… eu ordeno, levanta-te!” Cristo manda você levantar a cabeça e conservar o rosto sereno e alegre, porque agora, Ele caminha contigo.

Quando você está passando por crise financeira ou na família; está pensando em separação ou em suicídio; Cristo que é Luz Eterna aproxima de você e diz: “… eu te ordeno, levanta-te!” Ele ordena que abandones esses pensamentos e desejos, e que volte para Ele. Você que está morto para o trabalho apostolar, que vive acomodado, levando uma vida de preguiçoso, Cristo Jesus te convida a sair do comodismo dizendo: “… eu te ordeno, levanta-te!”.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Viúva de Naim”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir

60

 

VIÚVA DE NAIM

(continuação IV)

 

08 de março de 2002, sexta-feira

 

Lc 7, 15: “E o morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe”.

 

Prezado católico, esse trecho da Palavra de Deus, mostra que a amizade com Jesus Cristo é diferente, ela muda a vida das pessoas. Feliz daquele que encontrou Cristo Jesus na sua vida e que entrou na sua amizade.

Existe uma grande diferença da amizade do homem com a amizade de Cristo Jesus. Uma grande multidão acompanhava o enterro, e o morto continuava, ali no caixão; mas quando Cristo se aproximou, houve uma mudança total, porque Ele é Vida e Luz, Ele ilumina aquele que vive nas trevas e dá vida para a quem está morto.

Caríssimos católicos, tiremos duas mensagens de Lc 7, 15 para o nosso crescimento espiritual: “E o morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe”.

 Primeira mensagem: às vezes acontece que você, a exemplo do filho da viúva de Naim, está morto, não fisicamente, mas espiritualmente; isto é, você é “carregado” pelas pessoas que estão à sua volta. Você vive com essas pessoas anos e anos e nunca ressuscita espiritualmente, vive sempre no pecado e longe da graça, está sempre mergulhado nas trevas. Mas quando Cristo aproxima, tudo muda, é claro, se você abrir o coração para Ele e aceitar a Sua ajuda, como está em Ap 3, 20: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”.

Cristo aproximou do morto, tocou o caixa e disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” (Lc 7, 14). E a Bíblia diz que o jovem que estava morto sentou-se e começou a falar.

Caríssimo católico, não permanece morta espiritualmente, aquela pessoa que aceita Cristo na sua vida. Ele é Amigo fiel que a ajudará. Somente Jesus Cristo é capaz de ressuscitá-la, de dar-lhe vida. Sábio é aquele que aceita Jesus como Senhor da sua vida, como escreve Tomás de Kempis: “Quando Jesus está presente, tudo é bom e nada parece dificultoso… Estar com Jesus é doce Paraíso… Quem acha a Jesus acha um tesouro precioso, ou antes, um bem acima de todo o bem”.

Segunda mensagem: Em Lc 7, 15 diz: “E o morto sentou-se e começou a falar…”.

Prezado católico, assim que o morto ressuscitou, ele começou a falar. O mesmo deve acontecer com aquela pessoa que estava morta espiritualmente, que vivia nas trevas do pecado; assim que a mesma encontrar Cristo Jesus, deve precisa levantar do seu comodismo e da sua preguiça, e começar a falar. Falar de quem? Falar de Deus e da sua Santa Palavra, mostrar para todos que somente em Deus encontraremos a verdadeira paz e a mais pura alegria.

Falar para as pessoas das maravilhas que Deus faz na nossa vida todos os dias, das graças que recebemos continuamente.

Cristo Jesus toca no nosso coração através da Comunhão, toca na nossa alma através da graça e da confissão bem feita, etc; e infelizmente, muitos católicos permanecem com a boca fechada, mortos e acomodados.

Se cada católico falasse de Deus e da Sua Santa Palavra, a nossa Santa Igreja seria bem mais fervorosa, e com certeza, os seus membros edificariam o povo que vive afastado.

A maneira de muitos católicos se comportarem, é de um prejuízo incalculável para a nossa Igreja.

 

Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

 

Este texto não pode ser reproduzido sob nenhuma forma; por fotocópia ou outro meio qualquer sem autorização por escrito do autor Pe. Divino Antônio Lopes FP.

 

Depois de autorizado, é preciso citar:

Pe. Divino Antônio Lopes FP. “Viúva de Naim”

www.filhosdapaixao.org.br/escritos/pregacoes/diversas/pregacoes_diversas_ii_03.asp

Subir